sexta-feira, 28 de maio de 2010

Saindo da zona de conforto


Há alguns anos uma amiga me deu de presente um pocket book chamado “Quem acredita sempre alcança*”, uma coletânea de citações de grandes personalidades que tinha como objetivo ser uma injeção de ânimo para quem quer assumir as rédeas da própria vida. De acordo com a orelha do livrinho, às vezes nós sentimos uma insatisfação vaga e indefinida, uma sensação de que não temos domínio sobre as próprias escolhas. Mas, como não sabemos o que fazer – e temos medo, de certo modo, sentimos culpa, baixa auto-estima – acabamos nos acomodando e colocando de lado as nossas aspirações e sonhos.


O livrinho traz um conceito que achei muito interessante, mas vago na época que ganhei, mas que hoje faz todo sentido na minha vida: a zona de conforto. Nem percebemos quando estamos nela, mas chega uma hora em descobrimos que estar confortável nem sempre nos deixa satisfeitos e felizes.

A grande mudança que ocorreu na minha vida serviu para que eu acordasse para a realidade “confortável” que eu estava vivendo. Achava que aquilo que eu tinha planejado (sozinha, diga-se de passagem) era o suficiente. Mas percebi que se realmente continuasse daquela forma, meus desejos mais simples e os mais profundos não poderiam ser realizados. Então aceitei a mudança. Sofri, claro, venho aprendendo com tudo o que aconteceu, mas estou aqui, cheia de vontade de viver.

A partir disso e de todo um reencontro interior – nem tão positivamente surpreendente -, passei a tentar mudar internamente para que aos poucos essa “transformação” pudesse se refletir em meus atos e atitudes.

Tenho procurado redescobrir as coisas que eu gosto e dar valor e sentir alegria com coisas que antes não me satisfaziam, como fazer coisas com a minha família. Busco sair da rotina e da repetição do cotidiano e creio que agora estou retomando as rédeas, como diz o livro, da minha vida.

Ainda não tenho um grande sonho a ser realizado, mas muitas vontades estão (re) aparecendo. Já falei de algumas delas aqui em outros posts e estou me movimentando para trilhar o melhor caminho para realizar algumas delas, pelo menos.

Depois de tantos desencontros, muitos dos que me fizeram começar esse blog, acho que agora é a hora de passar a encontrar. Por isso, minha citação de hoje (vou tentar sempre trazer uma por aqui) é esta:

“Nós nos comportamos como se o conforto e o luxo fossem as necessidades prioritárias da vida, quando, na verdade, tudo de que precisamos para ser felizes é algo que nos entusiasme” (Charles Kingsley)

*McWilliams, Peter. Quem acredita sempre alcança. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

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