domingo, 31 de janeiro de 2010

Pra Ser Sincero

(Engenheiros do Hawaii)

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Minta!
Não se sinta capaz
De enganar
Quem não engana
A si mesmo...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma
Ao diabo...

Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação...

Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga:
-Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la!
Até mais!...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Nunca deixam suspeitos...

O preço da casualidade

Certa vez, uma amiga contou que, numa festa, ao conversar com o marido de uma amiga sobre um pretendente a pretendente dela, ele tentou explicá-la um dos motivos pelo qual o rapaz poderia não estar respondendo as suas investidas, mesmo ela deixando claro que não seria nada sério: ela era mulher pra casar. Como assim mulher para casar? Isso não é coisa da época das nossas avós?

Bem, segundo este espécime da raça masculina, ainda há uma forte corrente entre os homens com H (não sei se maiúsculo ou minúsculo) que são seguidores dessa tendência histórica do comportamento machista masculino. E o que significa isso hoje em dia, quando homens e mulheres se dão o direito de curtir bons momentos sem necessariamente estarem num relacionamento? Não são os homens que reclamam que as mulheres só querem compromisso sério? Será que eles ainda não estão acostumados a lidar com o comportamento feminino quando são elas que propõem casualidade e tomam essa iniciativa? Por que elas não podem optar por terem sim amizades coloridas?

Minha amiga, na sua cabeça pode parecer "simples" separar as coisas - amigos coloridos sim, relacionamentos à parte -, mas será que no fundo você não está agindo como se quisesse manter um relacionamento?

A "regra do jogo" no papel é muito bonita, mas colocar a ansiedade em baixo do pé, não cobrar retorno de ligações, SMS ou da manutenção do contato, não mostrar que se está a fim, não procurar, não falar o que sente, ser mais indiferente do que presente é muito mais difícil... E quanto mais difícil, quanto mais você sofre tentando agir assim, mais fica claro que amizade colorida com contornos definidos ou encontros casuais não fazem parte do seu feitio, minha amiga.

Pense nisso!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Se eu fosse sair no Enquanto isso...

No domingo de carnaval, um dos programas imperdíveis é a saída do bloco "Enquanto isso na sala de justiça", em Olinda. Os foliões vestem fantasias dos grandes super-herois da história e caem no frevo. Se eu fosse sair no Enquanto isso, eu tentaria sair como um N´avi, um personagem do filme Avatar. Adorei!


Os Beatles e Madonna (Reprodução/Site Rolling Stone)

Confira outras estrelas na versão Avatar.

Never There (Cake)


I need your arms around me
I need to feel your touch

I need your understanding
I need your love so much

You tell me that you love me so
You tell me that you care
But when I need you (baby)
Baby, you're never there

On the phone long, long distance
Always through such strong resistance
And first you say you're too busy
I wonder if you even miss me

Never there
You're never there
You're never ever ever there
 Hey!

A golden bird that flies away
A candle's fickle flame
To think I held you yesterday
Your love was just a game

You tell me that you love me so
You tell me that you care
But when I need you (baby)

Take the time to get to know me
If you want me why can't you just show me
We're always on this roller coaster
If you want me why can't you get closer


Never there
You're never there
You're never ever, ever, ever, there

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

E quem nao IPod? IPadece?




O anúncio feito ontem pelo Steve Jobs, executivo-chefe da fantástica Apple, confesso, deixou-me sem fôlego. A novidade foi o lançamento do IPad, um tablet, espécie de computador portátil similar a uma prancheta produzido pela companhia. O aparelho promete desbancar os concorrentes principalmente na corrida por leitores de conteúdos multimídia, principalmente os indefinidos ebooks. Com ele  você pode ler, assistir a vídeos, jogar, acesar e-mail, compartilhar fotos etc. Mas eu fico pensando: cara, eu não tenho IPod, IPhone e agora o Steve me chega com esse primo pra completar o trio. E mais, ainda tem o Macbook, o notebook, e o iMac, o desktop da Apple. O que que eu vou fazer da minha vida?

A gente trabalha, tenta ler o máximo que pode para se manter antenado e informado, buscar ter um celular e um computador com as últimas tecnologias acessíveis, e pra quê?

É... Mais uma vez esse bando de espertos criando coisas e tecnologias que a gente "não precisa pra viver". E a gente continua caindo que nem um monte de patinhos... Eu quero!!!

Por que Lula não foi ao Procape ou ao Hospital Agamenon Magalhães?


Presidente Lula é submetido a exames no Real Hospital Português, em Recife
Foto: Ricardo Stuckert/PR
 
 
Votei em Lula e voto novamente caso ele se candidate. Acredito no homem e no que ele representa para o nosso País e, atualmente, para o resto do mundo. Mas tudo isso não me faz perder o tom crítico e sarcástico de meus pensamentos diários sobre política, assunto que não domino e detesto particularmente.

Defensor do Sistema Único de Saude (SUS), até disse em evento ano passado no Recife que ia sugerir ao amigo Obama para "fazer o SUS" nos Estados Unidos. Mas por que será que quando teve o pico de hipertensão no fim da primeira visita realizada ontem (27) à capital pernambucana, nosso querido e admirado Lula não foi atendido nos hospitais que são referência em cardiologia no estado, o Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) e o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) ?

Essa contradição incomoda...

PS: Graças a Deus que está tudo bem com o nosso Presidente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os genes escolhidos

Com a onda de casamentos, fins de namoro e separações que andam rolando por aí, eu e mais outras amigas que chegaram aos 30 começamos a confabular sobre um possível futuro sem conseguirmos realizar o sonho de (quase) toda, eu disse (quase) TODA mulher: encontrar um grande amor, se realizar como mulher e formar uma família. Eu e o mencionado grupo de amigas, no alto dos nossos delírios – sim, delírios, claro, porque isso não vai acontecer jamais com nenhuma de nós! - já cogitamos várias hipóteses absurdas. Uma delas, talvez mais simples, é montar uma república de mulheres solteiras idosas (daqui a 25, 30 anos), onde poderemos viver juntas, cuidando e sendo companhia umas das outras, até o fim de nossas vidas. A segunda opção é mais “moderna”, podemos dizer assim.

Imaginem que o sentimento de mãe já aflorou praticamente em todas essas mulheres de 30 que estão vivenciando um momento de cobrança de toda sociedade (ver post anterior a respeito). Muitas de nós estão se estabilizando financeiramente, mas o quesito manter um relacionamento duradouro e transformá-lo em casamento realmente está difícil neste momento da história da humanidade (os motivos, claro, nesse momento não vêm ao caso!).

Por isso, numa bela tarde de domingo, começamos a cogitar que astros da TV ou do cinema seriam bons partidos e ótimos doadores de sêmem para uma gravidez independente, que seria programada para alguns anos à nossa frente.

Entre as qualidades estão, claro, o potencial de ser um bom pai, a beleza, o charme e a inteligência, não necessariamente nesta ordem. Na verdade, o que mais pesou mesmo foi: pegaríamos ou não pegaríamos? Bem, o resto vocês podem imaginar.... heheheeh

A seguir, confiram a lista dos melhores detentores de genes do planeta.

Os melhores genes do planeta Terra

Nacionais

 - Carlos Casagrande (o Carlos, de Viver a Vida)
- Luigi Baricelli (apresentando o Vídeo Show)
- Mateus Solano (Miguel/Jorge, de Viver a Vida)
- Malvino Salvador (o Gabriel, de Caras e Bocas)
- Rodrigo Lombardi (o Raji, de Caminho das Índias)
- Rodrigo Santoro (sem comentários)
- Thiago Lacerda (Bruno, de Viver a Vida)
- Wagner Moura (o capitão Nascimento, de Tropa de Elite)


Importados

- Asthon Kutcher (de Efeito Borboleta, o marido da Demi Moore)
- Adam Sandler (de Click)
- Brendan Fraser (George, o Rei da Floresta)
- Bruce Willis (Duro de Matar)
- Clive Owen (Closer)
- Colin Firth (o sr. Darcy de o Diário de Bridget Jones)
- Gael Garcia Bernal (Diário da Motocicleta)
- George Clooney (sem comentários)
- Gerard Butler (300, A verdade nua e crua)
- Hugh Grant (Letra e Música e Um lugar chamado Nothing Hill)
- Hugh Jackman (o Wolverine de X-Men)
- Hugh Laurie (dr. House)
- Johnny Depp (Edward Mãos de Tesoura,
- Jude Law (Closer, A.I, Alfie)
- Liev Schreiber (o irmão de Wolverine em X-Men Origins)
- Mark Ruffalo (De repente 30 e Ensaio sobre a Cegueira)
- Matthew Fox (Lost)
- Matthew McConaughey (Como perder um homem em 10 dias)
- Matthew Mcfaddyen
- Robert Downey Jr. (Chaplin e Homem de Ferro)
- Robert Pattinson (o vampiro de Crepúsculo)
- Ryan Raynolds (Três vezes amor e A proposta)
- Seth Rogen (o gordinho mais fofo de Pagando Bem, Que Mal Tem? e de Gente engraçada)
- Taylor Lautner (o lobinho da série “Crepúsculo”)
- Will Smith (Eu Robô, A procura da Felicidade)

Claro que a adoção de uma criança é uma das opções que nos passaram pela cabeça, bem como a colaboração de um P.A. (sigla intraduzível), mas, enfim, não podíamos deixar de lado essa “fantasia” e as risadas que criar essa lista nos proporcionou.

PS: Sugestões para a lista são bem vindas

sábado, 23 de janeiro de 2010

Divisão de tarefas é fundamental




É impressionante como os relacionamentos entre homens e mulheres hoje em dia começam e, principalmente, terminam de forma diferente, inusitada, surpreendente. Obviamente a vida moderna nos traz obrigações e inquietações que outrora não faziam parte da rotina de um casal, mas atualmente, e falo por mim, nos apegamos a detalhes e a coisas que antes fundamentais, hoje não passam de perda de tempo.

Exemplo: trabalho doméstico. Tem coisa mais chata do que depois de um dia, uma semana cheia, ter a obrigação de dedicar pelo menos um dia da semana a arrumar a casa, lavar e passar roupa, fazer feira, arrumar tudo e ainda sair disso feliz e disposto? Ninguém me diga que gosta de fazer faxina e sai disso ileso, com a maior vontade do mundo de namorar, sair, de ser feliz? Que nada! A vontade é uma só: tomar banho e descansar. Juntos, tudo bem, como deveria ter sido feito todo o trabalho citado anteriormente, mas ainda há toneladas de machismo e preconceito (de ambos os lados) com relação aos casais dividirem não só as contas e as alegrias, mas também as obrigações.

Procurando informações a respeito, descobri uma matéria de um portal português em que pesquisadores da Universidade de Riverside, na Califórnia, afirmavam que "os homens que partilham as tarefas domésticas melhoram a harmonia conjugal e podem ter uma vida sexual mais satisfatória". E mais: quanto mais houver homens a executarem tarefas domésticas, mais as mulheres ficam felizes! Isso não é formidável?


Creio que esse tipo de coisa realmente leva homens e mulheres, uns mais do que os outros, variando de casal para casal, à loucura. Isso porque enquanto um não faz do jeito e na hora que o outro acha que deve, o outro cala, para não incomodar, ou vai lá e faz. E isso vai crescendo, inflando e, num outro momento, por nada, toda aquela raiva acumulada vai ser jogada como merda, com M maiúsculo, no ventilador. E aí parece que tudo virou uma tempestade num copo d´água que aparentemente estava vazio e vira uma bola de neve e atinte tudo o mais no relacionamento. A forma de tratar, de agir, de falar, de reconquistar a cada dia, a hora de fazer amor...



Neste caso, uma dica: além de contratar uma diarista, o casal precisa conversar para acertar como ambos atuarão nesse quesito nos intervalos da visita de tal profissional para que as obrigações domésticas não passem a ser um problema com o passar dos meses e anos e leve, de uma forma ou de outra, ao fim do relacionamento.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Reflexão sobre a morte

"A morte acaba com tudo, mas a memória traz de volta a vida. As pessoas só existem na memória".

(Herbert de Souza/Betinho)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Avatar e o Globo de Ouro


Todas as matérias que li até hoje sobre os premiados pelo Globo de Ouro, prêmio do cinema e da TV concedido anualmente pela Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood, sempre mencionaravam que ele é um prenúncio do que vai acontecer no Oscar...

Bem, no meu post sobre o filme Avatar, comentei que acho que ele pode levar uns dois prêmios, mas acho que o Globo de Ouro nos traz a perspectica de outros dois: o de melhor filme na categoria drama e de melhor diretor para James Cameron. Será que isso quer dizer que ele tem potencial para levar as estatuetas douradas de melhor filme e diretor? Aguardemos o dia 7 de março para conferir...

Veja quais foram os premiados no Globo de Ouro 2010 no site do Omelete.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A idade de ser mãe


Risadinhas, gritinhos, dobrinhas
Passinhos curtos, lentos
Grandes passos, quedas
Choro, beicinho, biquinho
Olhares meigos, cativantes, apaixonantes
Noites em claro, preocupação
Amor incondicional, sentido da vida

Todos se voltam para uma mulher que chegou aos 30 com olhar de cobrança: é preciso saber o que se quer da vida, cuidar do corpo, ser bem sucedida, andar bem vestida, ser inteligente, agradável, boa de cama, equilibrada, organizada, descolada e bem humorada. Aos 30 já se passou da idade de fazer e de ser tantas coisas e está se chegando na idade de desejar e de realizar outras. Mas ninguém sabe como se sente uma mulher que chegou a essa fase da vida toda vez que escuta que já está passando da idade de ser mãe.

Eis que findou a fase de ir a cerimônias de casamento e começou a de receber convites para as festas de aniversário de um, dois anos. De começar a ser chamada de tia e para ser madrinha de batismo. De participar de conversas em que as outras mulheres falam de marcas de fralda, enxoval, marca de carrinho, lembrancinhas, babá eletrônica, vacinas e sobre os perigos de se contratar uma babá ou de colocar o bebê logo cedo numa creche. Isso sem falar nas discussões intermináveis sobre a escolha e o significado dos nomes. E sobre o papel dos pais e dos avós na educação? A indicação de livros especializados, terapias, fórmulas miraculosas para não ganhar peso, parto normal ou cesárea? E sexo, até quantos meses de gravidez?

Para pobres e ricas, independentes, românticas, perdidas, porras-loucas ou decididas, não adianta: o sonho de ser mãe é igual. Saber que aquele ex que você amou tanto casou e vai ter um bebê é quase o fim do mundo. A cobrança deixa de ser fisiológica e social para ser psicológica. Muitas perguntas se passam pela cabeça de uma mulher aos 30 e a principal é: também farei parte desse mesmo mundo um dia?

Uma mulher de 30 baba todas as vezes que vê um casal passeando com os filhos pequenos nos shoppings, brincando nos parques ou na praia. Numa loja de departamentos, começa a reparar os vestidinhos, as camisetinhas, os shortinhos e as meinhas da seção infantil. Se tiver namorado, começa avaliar se ele tem ou não condições de ser um bom pai e a perguntar que nomes daria se tivesse filhos...

Ao chegar aos 30 a mulher se dá conta de que já sabe de muita coisa, mas que ainda tem muito que aprender e que viver. Passa a ter a consciência de que para ser mãe não basta apenas só querer. É preciso estar maduro o suficiente e ter certeza de que aquele é o momento para começar a ceder. A ceder parte do seu tempo, da sua vida, de deixar de ser prioridade, de ter responsabilidade sobre uma nova vida.

Por isso não basta querer e ceder às pressões, sejas elas quais forem e de que lado vierem, mesmo que seja o de dentro. É preciso responder a apenas uma pergunta: você está pronta para amar de verdade?

(14-15/01/2010)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Somos história











Você me ignora, mas eu estou aqui
Sua indiferença é real
Mas não põe fim ao que existe, ao que existiu
À minha existência
Ao que somos, ao que fomos
Ao que dissemos, ao que escrevemos
Ao que vivemos, ao que sentimos
Hoje nos transformamos em história
Um do outro

(13/10/2009)

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Só de sacanagem"

Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro.

Do meu dinheiro, do nosso dinheiro, Que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós. Para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz. Mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó E dos justos que os precederam: “Não roubarás”. “Devolva o lápis do coleguinha”. “Esse apontador não é seu, minha filha”.

Pois bem, se mexeram comigo, Com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, Então agora eu vou sacanear: Mais honesta ainda vou ficar!

Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” E eu vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez”. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.

Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau. Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: “Não admito, minha esperança é imortal”. E eu repito: “Ouviram? IMORTAL!”

Sei que não dá para mudar o começo Mas, se a gente quiser, Vai dar para mudar o final!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sutilmente

Pra assistir e acompanhar essa poesia do Samuel Rosa e do Nando Reis, como música do Skank.



Skank

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti


Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.

Sem rumo


Ao olhar para trás, mais erros do que acertos
Para dentro, aprendizado, arrependimento, muitas dúvidas

Para os lados, tristeza de uns, felicidade de outros, certezas

Para frente...

Para frente só incerteza.

(12/12/2009)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sentimento de perda



A ilusão do amor não vivido
Dói mais do que a do amor perdido
A incerteza paira no coração
Pecado é deixar morrer uma paixão
As circunstâncias do presente
Os desatinos do passado
Saudades do que não foi
Tantos “poréns”, “se´s”
Após um pensamento
O riso vazio no espelho
O olhar vago, sem esperança
A lágrima chorada
O peito apertado
O lábio mordido, seco
A certeza do arrependimento
A presença do nunca mais
(13/10/2009)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Por que a vida não é uma novela?

Quem me conhece um pouco mais de perto sabe que eu sou noveleira assumida. Sim, estou estre os milhões de pessoas que param, à noite, em frente à TV, para assistir a dramas e comédias globais (não consegui me arriscar nas outras emissoras) muitas vezes sem sentido. Ao assistir e lembrar de algumas cenas de novelas que acompanhei, não posso deixar de perguntar - bordão da Cláudia Raia em um programa humorístico cujo nome não me vem à cabeça agora - por que a vida não é uma novela?

O Manoel Carlos é um dos meus autores prediletos, apesar de montar suas histórias num mundinho pintado com as tintas da melhor qualidade, numa tela da marca Leblon. E por ser meu autor predileto, estou acompanhando, sempre que dá, a novela "Viver a vida" que, graças a Deus, deixou de ter foco só na Helena de 30 e poucos anos mais madura, coerente, ética, gentil, carinhosa, equilibrada e civilizada que poderia existir na face da terra.

E eu tenho por tradição "me apaixonar" por personagens de novelas e filmes. Acho que é uma característica de quem sonha e se apaixona demais por tudo que gosta. Foi assim com o Rodolfo (Danton Mello), do remake de Sinhá Moça;com o Raj (Rodrigo Lombardi), de Caminho das Índias; e com o Zé Bob (Carmo Dalla Vechia), de A Favorita. Devem haver outros tantos que não me lembro, claro, mas o moço da vez é o Miguel, interpretado por Mateus Solano.

Miguel vem mudando sua forma de agir sem perder sua essência. Parece que chegou o momento da vida (sonhado por todas as mulheres em relação aos homens) em que ele amadurece. E não há nada mais apaixonante do que um homem carinhoso e que sabe o que quer.

Na cena abaixo, ele leva sua amada Luciana, que está tetraplégica e recuperando aos poucos os movimentos dos membros superiores, para tomar banho de mar. Ela é cunhada dele (namora o irmão gêmeo Jorge) e ele namora Renata (Bárbara Paz). Sentimento para sonhar...

Desejo realizado (ou melhor, presente de Natal)

Naquele dia acordei sem cansaço. Aquele torpor que de tão comum já fazia parte do meu dia a dia parecia que nunca havia existido. Levantei, desci para tomar o café da manhã. Pão, queijo, café com leite, comentário sobre alguma matéria exibida no telejornal com a minha mãe. Depois deitei no sofá para descansar cinco minutos antes de tomar banho. E a visão daquele sonho veio completa, de uma só vez, à tona.

Ao descrevê-lo para mainha, não contive a emoção. Lágrimas, muitas lágrimas. A sensação era de alegria, de conquista. Ria sem saber como parar.

A imagem da frente da minha casa era nítida. De dentro para fora o que se via era uma área grande, um pequeno jardim à direita. Muro baixo, portão na mesma altura. Ele me entregara algo como uma bolsa, alguns papéis, peças, desses detalhes não me lembro. O cabelo branco, o bigode bem cortado, barba feita, roupa branca, óculos. A força impressionante da sua presença me tomava a atenção. Ao chegar, dirigiu-se a mim: – Comprei seu carro. Chega em tantos dias.

Lembro da minha voz dizendo para alguém – que acho que era meu irmão –, ao passar por mim correndo, só que bem mais jovem, talvez ainda criança: – Painho comprou meu carro!

Ao entrarmos em casa, ele sentou-se à mesa. Provavelmente aquela mesma mesa redonda de antes, pés de madeira escura, tampo de mármore branco. Começou a falar sobre o motivo de ter escolhido aquele modelo de carro para mim, das suas vantagens, da potência do motor, da economia de combustível. Eu não prestava atenção em nada. Ao fitava o seu rosto, sem reação. A sua presença, poder ouvir mais ou menos a sua voz, tê-lo ali, na minha frente, depois de tantos anos de espera, era o mais importante.

Grudada na cadeira, pergunto-me até agora porque fiquei apenas olhando-o, de longe, do outro lado da mesa. Queria ter podido abraçá-lo e dizer o quanto o amo e o quanto ele faz falta. O quanto sua partida representou na minha vida. Sempre pedi tanto para encontrá-lo. Ele estava ali, na minha frente, bem, saudável, corado e falando comigo.

Ao contar isso a minha mãe ela chorou de alegria. Parece que agora eu parei de pedir, estava preparada para revê-lo. E ele também para fazer contato. Talvez eu finalmente entendesse o porquê da distância, de não sentir sua presença, embora alguém já o tivesse visto ao meu lado. Será que agora sua presença poderá ser uma constante em minha vida?

Eu de um lado da mesa, ele do outro. Tudo agora fazia sentido. Ainda precisamos dar alguns passos para que eu e ele possamos estar mais perto um do outro novamente.

Meu pai, que morreu quando eu tinha 13 anos, finalmente apareceu nos meus sonhos agora que completei 30. Obrigada, meu Deus, por ter realizado o maior desejo da minha vida. Obrigada por ter me concedido um dia de felicidade plena.

(08/12/2009)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O vergonhoso Casoy deveria prestar serviços comunitários

O episódio protagonizado pelo jornalista Boris Casoy, da TV Bandeirantes, no qual humilha os garis que que davam uma mensagem de ano novo aos telespectadores do canal, está "bombando" na internet. No You Tube, o vídeo foi exibido mais de 800 mil vezes, de acordo com os principais veículos de comunicação do país. Para quem não viu ainda:



Que a Band não vai demiti-lo, tudo bem, mas os órgãos brasileiros competentes  ou a entidade de classe que representa os garis deveria entrar com uma ação contra o jornalista. A pena dele deveria ser, no mínimo, prestar serviços colaborando diretamente com os trabalhadores que humilhou em cadeia nacional e que são vítimas, diariamente, da nossa indiferença. E isso, claro, ser registrado e exibido em rede nacional.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Lição maior (para 2010 e o resto da vida)

"Amemo-nos uns aos outros e façamos ao outro o que queríamos que nos fosse feito". Toda religião e toda moral estão contidas nesses dois preceitos. Se fossem seguidos na terra, seríeis todos perfeitos: nada de ódios nem dissensões". (Evangelho Segundo o Espiritismo)

Como assim não dá para levar o Oscar?



James Cameron pode deixar a timidez e a modéstia de lado e gritar novamente "I´m the king of the world". Sumido dos cinemas desde Titanic (fez três documentários), voltou agora aos holofotes com "Avatar", mais uma de suas contribuições ao mundo do cinema.

Assistir Avatar em 3D é uma experiência única, talvez a primeira de muitas que podem vir por aí. A nova tecnologia utilizada proporciona a sensação de estarmos em Pandora, terra dos azuis, esguios e elegantes N´avi, civilização criada por Cameron para nos lembrar o quanto estamos nos desligando uns dos outros e rompendo nossa conexão fisio/biológica e espiritual com a Terra/Gaia.

Uma hora e meia depois do filme (redigi esse post ontem, após assistir ao filme no Box Guararapes), ainda estou estupefacta com a riqueza e a verossimilhança da fauna e da flora apresentadas no filme. O movimento dos insetos, cavalos e de outras feras (algo parecido com um rinoceronte com cabeça de tubarão martelo, cães e aves de características pré-históricas gigantes) é totalmente harmonioso e quase real, apesar ainda de um tanto mecânicos em alguns momentos. O ângulo das câmeras em 3D não causaram estranhamento, pelo contrário... Os detalhes das plantas fluorescentes... Impressionante!



E para quem gosta de ler, assistir e viajar com histórias de ficção científica (como eu), ver todas aquelas naves e computadores que colocam os monitores touch screen de Minority Report (de Steven Spielberg, com Tom Cruise) no bolso, rezo para viver o suficiente para usar um daqueles um dia, nem que seja para jogar paciência na minha velhice. Cameron traz, em Avatar, mais um salto tecnológico que vai fazer diferença na forma de filmar e exibir os filmes, como aconteceu com Star Wars, Matrix e O Senhor dos Anéis, entre outros clássicos/obras primas da ficção (Alien, O predador, O exterminador do futuro, Eu robô, A.I....).

Além disso tudo, o filme tem um enredo simples, até previsível, mas bem redondo, tudo com um fim. A mensagem ecológica é forte no momento em que o mundo deveria estar refletindo as consequências do fracasso da Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 15), realizada recentemente em Copenhague. As nações N´avi unindo forças mesmo estando em desvantagem em armamento, também manda uma mensagem para nós, nações em desenvolvimento: será que realmente precisamos continuar a nos submeter aos demandos e vontades daqueles que (aparentemente) são mais poderosos belica e economicamente que nós? Também traz uma esperança de que o caminho para onde estamos indo tem volta sim. Basta olharmos um para os outros...

Os humanos queriam, como mostra a história real da humanidade, destruir, explorar para extrair um minério que seria a solução para a falta de fontes de energia na Terra. Ao invés de aprender com os nativos de Pandora, continuaram agindo irracionalmente, atacando e destruindo a natureza de Pandora, como fizeram na Terra. Vendo isso no filme, lembrei das aulas de história da época do colégio, quando o professor falava da teoria de Pablo Neruda a respeito da devastadora forma que os espanhóis detonaram as civilizações astecas, maias e incas: la hambre/a fome (doenças estranhas aos nativos), la cruz (a imposição de uma nova religião e de novos costumes) e la espada (a superioridade bélica da pólvora verus as lanças e arco e flecha indígenas).

A meu ver, James Cameron já pode reservar um espaço na estante em cima da lareira para uma ou duas estatuetas douradas no Oscar deste ano: a de melhores efeitos visuais e a de direção de arte.

 Saiba mais sobre Avatar:

sábado, 2 de janeiro de 2010

Teime...


Num feriadão no Recife, um dos programas mais legais e comuns a se fazer é ir ao cinema com os amigos e/ou a família. Apesar do valor (paga-se de R$ 14  a R$ 16 por uma entrada inteira - sem promoção, claro -, o que daria, na locadora perto da minha casa, para alugar, no mínimo, dois lançamentos em DVD e um catálogo), vale a pena para assistir a filmes como "Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto.

Engraçado que, até então, eu só tinha lido críticas negativas a respeito. "Foi financiado por empreiteiras e empresas interessadas nas obras do PAC", "é ano eleitoreiro, Dilma vai ganhar com isso", entre outras, moveram minha curiosidade, que já havia sido aguçada pelo trailer emocionante que tinha assistido ano passado. Se falam isso agora, fico pensando o que seria comentado caso fosse feito com recursos das leis de incentivo à produção audiovisual. Quem precisa de filme para alavancar candidatura, com a popularidade histórica que Lula alcançou e mantém após tanta coisa negativa que aconteceu ao longo dos seus sete anos de mandato?

Enfim, conta-se a trajetória da vinda da família do nosso Presidente, desde a saída de Caetés, no interior de Pernambuco, a sua ascensão no sindicato dos metalúrgicos do ABC paulista, levado pelo irmão Ziza, e, por fim, rapidamente, a chegada à Presidência da República. O foco principal é o papel mais do que fundamental de sua mãe, dona Lindu (sim, a que dá nome ao "parque", em Boa Viagem), mulher forte, lutadora, carinhosa, memorável que, mesmo passando por tantas agruras, é retratada no filme como uma pessoa sábia (talvez comum se comparada a outras mulhres fortes do cinema nacional), que fazia o possível para realizar o melhor por seus filhos. Ao dizer a Lula, no leito de morte, que ele sabia o que era preciso fazer para chegar onde ele queria, usa a expressão "Teime...". E pra chegar onde ele está, podemos concluir que ele seguiu o seu conselho. Para ter certeza disso, basta lembrar o número de vezes que ele disputou as eleições para Presidência da República.

A história "do homi" é realmente fantástica. E não posso me isentar de dizer que saber um pouco mais sobre sua trajetória só me faz admirá-lo ainda mais...

"Lula, o filho do Brasil", deve estar sendo exibido em centenas de salas país afora. O elenco principal está de parabéns, principalmente o ator Rui Ricardo Dias. Parece-me que ele tentou - e conseguiu- não fazer uma caricatura do nosso (em alguns momentos) folclórico presidente. Os trejeitos, um pouco da fala, da forma de gesticular e até mesmo de fazer analogias com o futebol. A produção também está excelente. A caracerização dos ambientes e dos personagens, principalmente para mim, que não entendo nada de cinema, foi muito bem feita. E que as críticas às questões técnicas sejam rebatidas com o resultado das bilheterias.

Podem falar o que for do Lula, das intenções do filme, mas é inegável que ele retrata a história de milhares de brasileiros e dá ainda mais esperança para quem se acomoda com as dificuldades da vida. É outro que recomendo.

Serviço:
Site oficial do filme: http://www.lulaofilhodobrasil.com.br/

Outras opiniões sobre o filme: