quarta-feira, 31 de março de 2010

Hole in my soul

"There's a hole in my soul that's been killing me forever
It's a place where a garden never grows
There's a hole in my soul, Yeah, I should have known better
'Cause your love's like a thorn without a rose".
(Hole in my Soul - Aerosmith)
 
 
Tem dias que é assim.  Noção? Nenhuma. Sentimento? Um vazio intenso.
Angústia, desespero. Lágrimas que caem. Solidão.
Em dias assim peço a Deus que o tempo passe rápido, afinal, dizem que amanhã é outro dia.
Mas outro dia de quê?
Hoje só há espaço para tristeza, nada mais.

sábado, 27 de março de 2010

Trilha sonora é fundamental


Apesar de ter nascido desprovida de talento e ritmo para tocar qualquer tipo de instrumento musical - nem uma mísera caixa de fósforo ou um pianinho de brinquedo -, eu sou daquelas pessoas que se pudesse ouvia música o tempo todo. Simplesmente a-do-ro! E, de certa forma, tudo acaba me lembrando uma música. Uma palavra ou lembrança dispara um gatilho e uma estrofe me vem à cabeça.

Para mim, existe música para tudo, ou melhor, trilha sonora para tudo. Já pensou num filme de ação ou de romance sem aquela melodia que faz a emoção ir aumentando com a cena? Basta lembrar a importância da música tocada ao vivo nos cinemas na época dos filmes mudos. Vários momentos da minha vida "casam" com certas músicas. Pessoas que eu conheci, que amei, tudo vem e vai ao som de alguma melodia.

Eu tenho um gosto musical difícil de explicar. Claro que existem preferências, mas não sou xiita e nem super fã de ninguém. Simplesmente gosto de música e pronto. Não coleciondo CDs - entendendo CDs como a forma física desse produto musical -, nem DVDs, mas MP3 eu tenho aos montes. Porém, sou bastante seletiva quanto a alguns gêneros e proporcionalmente sem critério com relação a outros. Pra mim, o mais importante é que, independente do gênero e da origem, a música toca minha razão e minha emoção, de forma que eu gostaria de ter escrito centenas delas.

As músicas traduzem pensamentos, sentimentos, dizem coisas que você nem saberia como estruturar para dizer a alguém e outras que você não tinha sequer se tocado. Música traz coincidência, identificação, reflexão. Música reflete e injeta tristeza ou alegria.

Por isso, a partir de hoje, além de postar letras de música que eu gostaria de ter escrito, vez por outra vou preparar uma set list do que tenho ouvido.

Esta primeira é nacional e traz algumas descobertas recentes, apesar de não serem lançamentos, com outras que já estão bombando há muito nas rádios Brasil a fora e algumas velhinhas...

Trilha Nacional - Momentos a 2 ou roedeira
1 - Skank - Sutilmente
2 - Vanessa da Mata feat Ben Harper - Boa sorte
3 - Maria Gadu - Bela Flor
4 - Nando Reis - Pra você guardei o amor
5 - Pitty - Equalize
6 - Simone - Migalhas
7 - Jota Quest - Só hoje
8 - Titãs - Porque eu sei que é amor.mp3
9 - Nando Reis - All star
10 - Dani Carlos - Coisas que eu sei
11 - Daniela Mercury - Pensar em você
12 - Capital Inicial - Eu vou estar
13 - Adriana Calcanhoto - Fico assim sem você
14 - Jota Quest - Palavras de um futuro bom
15 - Maria Gadu - Baba baby

quinta-feira, 25 de março de 2010

Codinome Beija-Flor

Cazuza (Composição: Cazuza / Ezequiel Neves / Reinaldo Arias)

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor

Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

quinta-feira, 18 de março de 2010

Turnê de encerramento da carreira do A-ha: eu fui!


Sempre tive o gosto musical um tanto diferente das outras pessoas. Mas não é para menos. Cresci ouvindo rock e pop internacional por influência do meu irmão que, só para ter uma ideia, no meu aniversário de 10 anos me deu três LPs do A-ha. Hoje, agora há pouco, quase 21 anos depois de ter ganho tal presente, assisti ao show da última turnê - Ending on a High Note - Farewell Tour 2010 - desta banda norueguesa, aqui no Recife, da qual não sou fã fervorosa, que sabe a história, de todas as músicas e tem todos os discos (tenho 4), mas amo a banda! Só perderia essa oportunidade se ocorresse alguma fatalidade! E foi inesquecível!


O que faltou na voz do vocalista Morten Harket, que já vinha com problemas de saúde pelo menos desde o último show que fizeram há dois dias em Brasília e deu entrada na tarde de hoje em um hospital particular do Recife, sobrou em simpatia e interação com o público de toda a banda, principalmente dele e do tecladista Magne Furuholmen. Tenho certeza que apesar desse probleminha que, obviamente, influenciou a qualidade do show e deu pena, o momento foi emocionante para todos os que estavam presentes.


Morten chegou a descer do palco no fim do show, que teve dois “bis” de mentirinha. Eles voltaram para terminar a set list que foi aberta com duas músicas do disco mais recente (2009) e que eu não conhecia até a manhã de hoje: The Bandstand e Foot of the mountain (linda, por sinal!).

Em pouco mais de uma hora e meia de show e com a ajuda do público principalmente nas músicas que exigiam um tom mais alto da voz de Morten, eles tocaram vários hits, como Stay on these roads, Hunting high and low, Cry Wolf, I've Been Losing You, The sun always shines on tv, The Blood That Moves The Body, Scoundrel Days e a minha, Crying In The Rain, entre outras. Depois no segundo bis, Morten “a pedidos”, cantou, para encerrar, Take on me. Senti falta de Touch me! e de Early Morning.

Todo o show teve como pano de fundo um telão imenso (parecia de leds) que projetava imagens muito legais, muitas vezes fazendo relação direta com a música. No final, ao saudados pelo público, agradeceram com a seguinte mensagem no telão: “Brasil para sempre! Obrigado Recife”. Nós é quem agradecemos!

Foram os 120 reais mais bem pagos da minha vida.



Tudo sobre a banda
http://a-ha.com/
http://www.a-ha.ru/

Outras informações
Vocalista dá entrada em hospital no Recife
A-ha encanta multidão que lotou o Chevrolett Hall, em Olinda

sábado, 13 de março de 2010

Abaixo ao machismo!!!


No início desta semana, precisamente no dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Em tempos de globalização, a mulher alcançou um patamar de igualdade em relação ao homem no qual não precisa mais provar que é capaz de desempenhar qualquer atividade que o sexo oposto realiza. Mas ainda absorve mais responsabilidades no dia a dia da família, ganha menos e sofre violências das mais diversas formas, físicas e psicológicas, a exemplo do machismo, entre outras "desvantagens".

Qual a mulher que nunca sofreu com o machismo do companheiro, namorado ou marido? Levante a mão a felizarda!

De uma forma ou de outra, todas nós já tivemos que lidar com alguma restrição ao nosso comportamento imposta pela mentalidade retrógrada masculina e absorvida pela mulher. E, por sermos educadas sob este regime, colocando o amor pelo outro em primeiro lugar e não o nosso amor próprio, o reproduzimos quando passamos de educandos a educadores e achamos natural certos comportamentos. Posso listar vários que já presenciei e até vivenciei:

- Implicância com roupa, seja por transparência, tamanho, decote ou tipo de peça, como vestido ou saia;
- Discussão sobre quem deve ocupar a cabeceira da mesa;
- Só quem pode escorar o braço nas costas da cadeira, como "um abraço", é o homem;
- Só o homem pode/deve pedir a conta ao garçom;
-  A mulher trabalha demais. Precisa se dedicar mais aos afazeres da casa e ao companheiro;
- Deixar de trabalhar e/ou estudar para atender o capricho do marido;
- Se afastar de amigos homens solteiros ou não;
- Não poder mencionar experiências ou episódios anteriores vividos com outras pessoas;
- Ciúmes doentio;
- Várias ligações no celular por dia/controle sobre o ir e vir (o celular vira um GPS);
- "Segura a sua cabrita porque o meu bode está solto";
- "Quero que você seja só minha";
- "Quero construir uma mulher para mim";
- Etc (sugestões de outros comportamentos são bem aceitas).

Nós, mulheres, temos um pouco de parcela de responsabilidade nisso tudo. Em primeiro lugar, por continuarmos colocando panos quentes nesses momentos, nos submetendo e achando até bonitinho um ciúme fora de hora, ligações várias vezes por dia. Em segudo porque as mulheres que viram mães deveriam assumir o compromisso de criar seus filhos com uma mentalidade diferente e não do jeito que nossas avós criaram nossos pais e nossos pais nos criaram: meninos/rapazes/homens: alheios às responsabilidades, egoístas, individualistas e inseguros.


Cena de Viver a Vida (11/03/2010)
Helena: - Você achava que eu ia abrir mão da minha liberdade e da minha independência para nos mantermos juntos? (...) Elas estão acima de qualquer coisa

sexta-feira, 12 de março de 2010

Se

Se eu te dissesse que eu te amei por uma noite, você acreditaria?

Se eu te contasse que você fez eu pensar que estando contigo tudo se acertaria?

Se eu falasse que você é meu sonho, você me amaria?

(Outubro de 2009)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Indiferença: o pior e o melhor remédio




in.di.fe.ren.ça
s. f. 1. Qualidade de indiferente. 2. Desatenção, frieza. 3. Desinteresse, negligência, apatia
 
in.di.fe.ren.te
s. f. Alusão pérfida (desleal), feita disfarçadamente.

Consultei o Michaelis ("trai" o Aurélio dessa vez) antes de tentar falar sobre um "remédio" usado pela maioria das pessoas, umas mais que as outras. As que mais usam o fazem de caso pensado, de modo que "disfarçadamente", como diz a definição, não respondem  a determinado estímulo, não fazem referência a algo que aconteceu. Este santo remédio é eficaz no que diz respeito a relacionamentos e ao comportamento dos homens e mulheres quando estão na fase inicial do "delicioso jogo da sedução", ou não.

Quem viu o filme "Ele não está tão a fim de você" ou "A verdade nua e crua" vai saber do que eu estou falando. Há uma diferença muito grande no uso desse artifício por homens e mulheres. Os homens são indiferentes em várias situações: 1) Por serem lentos e desatentos por natureza (desculpa comumente usada por eles e por nós); 2) Quando estão tentando seduzir uma mulher, jogam com a indiferença; 3) Quando estão dispensando uma mulher; 4) Quando não dispensam a mulher e mantem-na ali, em banho maria, dão corda e depois somem, não respondem aos "estímulos", ficam no chove não molha.

A mulher é diferente: é indiferente quando não quer nada mesmo com o rapaz (pelo menos a maioria que eu conheço, embora hoje em dia as exceções estejam se multiplicando como Gremlins). Convesa, dispensa e some, desaparece. Ou é direta e diz pro cara sumir, que não tem nada a ver.

Mas estou achando que perceber e começar a usar essa tática masculina pode não ser novidade pra ninguém, mas pra mim é. Digo porque, por exemplo, quando assisto a filmes como os que citei anteriormente e escuto histórias de amigas, de amigas de amigas, reconheço-me em várias situações. Sou daquelas mulheres transparentes que mostra no rosto e fala o que sente, que diz o que pensa, que mostra o que quer e como quer.

Além da transparência assustar, junto com outras questões como a independência (falo qualquer dia nisso em outro post), acho que isso quebra o jogo (de sedução) masculino e nos confunde, pois sempre (ainda) esperamos que eles ajam como nós em várias situações. O resultado é a ansiedade e a frustração, pra não citar outras coisas.

Homem pensa, age e calcula tudo diferente da mulher (novidade!!). E usa a indiferença como arma para fazer o que bem quer, quando bem quer. Cabe a nós, ainda não sei de que jeito, usá-la a nosso favor. Tem coisa mais triste do que a indiferença?

"A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém".
Mário Quintana

"O pior pecado contra nosso semelhante não é o de odiá-los, mas de ser indiferentes para com eles".
George Bernard Shaw
 
"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença."
Érico Veríssimo



O contrário do Amor (Martha Medeiros)

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mirando a beleza



Veja a beleza

Veja a beleza
A vida não é feita apenas de defeitos, falhas e tristezas.
Há beleza até nas pequenas coisas.
Esforce-se por enxergar a beleza que a vida tem. Toda a beleza que você admira é um ponto de paz que nasce em você.
Esse ponto de paz encobre o seu estado de aborrecimento e desperta alegria.
Saiba viver.
Em tudo, admire a beleza.
Sua vida tem a beleza que nela você vê.

(Sementes da Felecidade - Lourival Lopes)

segunda-feira, 8 de março de 2010

A melhor e pior atriz


Eu gosto da Sandra Bullock desde quando assisti a "Velocidade máxima", no qual ela contracena com o meu idolatrado Keanu Reeves. De lá pra cá, ela rodou uma série de filmes que eu gostei, como Miss Simpatia (1 e 2), Forças do Destino, Amor à segunda vista, A Casa do Lago e A Proposta. Claro que ela errou na escolha em Velocidade máxima 2, por exemplo, como acontece com tantos outros astros hollywoodianos, mas a torcida pro lado dela foi forte (e dizem que a interpretação também) e ela levou o Oscar de melhor atriz por "Um sonho possível" depois de já ter sido agraciada com o Globo de Ouro (melhor atriz/drama) e outras duas premiações importantes pelo mesmo filme.

Pelo que soube (ainda não assisti o filme), a história é realmente comovente. Sandra foi indicada pela primeira vez ao Oscar em seus 20 anos de carreira e pelo papel que Julia Roberts, seguindo a Wikipedia, negou. O engraçado é que a conquista foi dupla: ela também levou o prêmio Framboesa de Ouro, dos piores do ano, por "Maluca paixão".

Saiba mais sobre o Framboesa de Ouro.

Errei com o "The Oscar goes to Avatar"

Getty Images
Minhas previsões estavam erradas (acontece com quem escreve sobre o que não entende), assim como não se pode confiar totalmente no que o “Globo de Ouro” premia como prenúncio. Para minha tamanha decepção, a cerimônia do Oscar de ontem (07/03) não premiou Avatar como melhor filme, e nem James Cameron, como melhor diretor. A academia preferiu dar as estatuetas dessas categorias (e outras quatro) para “Guerra ao terror”, dirigido pela ex-mulher de Cameron, Kathryn Bigelow, que cravou seu nome na história por ser a primeira mulher agraciada com o prêmio de melhor direção.

Claro que os dois filmes disputaram a premiação em outras categorias técnicas, como melhor direção de arte (Avatar), melhor fotografia (Avatar), melhor montagem (Guerra ao terror), melhor edição de som (Guerra ao terror) e melhores efeitos especiais (Avatar, claro!). Os outros filmes foram preenchendo as outras categorias e, vez por outra, algum apresentador fazia alguma piada com o Avatar.

Guerra ao terror levou, ainda, o Oscar de melhor roteiro original. Eu ainda não o assisti e estou bastante curiosa para saber se realmente seu roteiro bate os demais. Mas tenho a ligeira impressão de que a Academia quis premiar um filme que ainda faz referência, de alguma forma, ao 11 de setembro e toda a mobilização que os americanos vêm fazendo em torno da guerra contra o terror. Vi alguma crítica dizendo que a vitória pode ter sido mais política - embora o filme não tenha a pretensão de discutir a política dos EUA junto ao Iraque - do que por merecimento.
Confira a lista de todos os premiados no Oscar* desse ano no Omelete e mais informações no site oficial da premiação.

*Arreguei a transmissão do Oscar 2010 pela TNT na casa do meu casal preferido Fabiana e Xaxá. Obrigada gente!

sábado, 6 de março de 2010

Nada é mais como era antigamente ou sou muito esquisita mesmo


Nas minhas elocubrações sobre a vida, cheguei a mais duas conclusões sobre mim mesma: nada é mais como era antigamente e preciso respeitar mais os meus instintos.

Muita coisa mudou ao longo dos últimos anos, principalmente nos últimos meses. Tem horas que me sinto inadequada, fora do contexto, totalmente intrusa em vários momentos que foram reservados para mim nesse mundo, nessa vida. Seja no trabalho, tentando me divertir com alguns amigos ou em casa, há momentos em que coisas que antes eram fundamentais e que, por vezes, até sinto falta, realmente não fazem mais sentido e vice-versa. E quando falo que preciso respeitar os meus instintos é porque no fundo eu ainda me permito fazer algumas coisas que sinto que não vão ter o resultado que "deveriam" ou "poderiam".

Isso deve ter, claro, a ver com a idade, com um certo amadurecimento, por um lado. Mas, por outro, muito desse sentimento me acompanhou a vida toda. Lembro, muitas vezes, de sair com as amigas ali, logo depois da adolescência, para lugares que eu curtia e me pegava - disso lembro bem - parada olhando o agir das pessoas ao meu redor, imaginando o que pensvam e o que sentiam, porque estavam ali, divertindo-se tanto, e eu com aquele sentimento de não pertencimento.

No fim das contas, eu acho que é um pouco de cada coisa. Com o passar dos anos, a sensação de ser sempre um peixinho fora d´água só tenha aumetado. Devo ser muito esquisita mesmo...

terça-feira, 2 de março de 2010

Descompasso

(Texto de 20/06/2008)


Quando tudo tava dando errado eu cheguei
Você pensou que fosse a solução
Quando tudo passou a dar certo, eu virei
A grande fonte de reclamação

Você sente falta de calor e de paixão
Eu de carinho e de atenção
O ritmo dos nossos desejos é diferente
Um descompasso sem razão
Você diz que vai ligar, eu fico esperando
O cansaço faz você esquecer
Mesmo com tantas obrigações
Isso não pode acontecer

Espero cumplicidade, mas você não divide o dia-a-dia
Quer que eu divida minhas decisões com você
Mas se há tempos não sonhamos juntos e não falamos do nosso futuro
Como é que isso pode ser?

Eu sou cheia de regras, não me leve a mal
O que para você não faz sentido pra mim é fundamental
Não tem sido fácil te desvendar
Pra mim nem tudo é tão normal

Você mudou, eu mudei
Mas se eu falo muito, você se esconde demais
Enquanto eu aponto um dedo
Os outros estão virados para trás

Fico esperando em vão uma mudança
Nesse seu jeito de ser
Eu sei que não sou perfeita
Mas você precisa perceber

Nem tudo que você diz é certo ou errado
Nem sempre eu estou com a razão
Só sei que a tristeza é grande
E que a cada dia dói mais meu coração

Precisamos chegar ao equilíbrio
Pro nosso amor voltar a acontecer
Tudo que eu quero nessa vida
É dividi-la com você

segunda-feira, 1 de março de 2010

Migalhas

(Simone canta Roberto e Erasmo Carlos)

Sinto muito mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça
Mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar
Maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas
Migalhas

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Sinto muito mas não vou medir palavras
Sinto muito