segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Platonices 2

Sem querer meu pensamento traz você
Me pego lembrando das suas palavras
No meio dessa solidão opcional, elas me fazem companhia
Refletem meu querer e muito pouco o meu poder
Enquanto escrevo, o que será que fazes, que pensas?
Platonice à vista...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Platonices

Encontros casuais mediados pela grande rede
Reencontro inusitado
Descontração e informalidade
Vivências, histórias, contrariedades, decepções
Dia a dia
Veracidade e aversão ao fake, à efemeridade
Busca pela realização
Rabugices, maturidade, interesses, algumas coisas em comum
Diferenças pactuadas, sinceridade sempre
Palavras sem voz e rosto
Vontade, lembrança e fuga
Amizade especial
Sentimento construído sem querer
Platonice à vista...

domingo, 7 de agosto de 2011

Love will tear us apart


Joy Division


When routine bites hard
And ambitions are low
And resentment rides high
But emotions won't grow
And we're changing our ways
Taking different roads

Then love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Why is the bedroom so cold?
You've turned away on your sideIs my timing that flawed?
Our respect runs so dryYet there's still this appeal
That we've kept through our lives

But love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again

You cry out in your sleep
All my failings exposed
And there's taste in my mouth
As desperation takes hold
Just that something so good
Just can't function no more

But love, love wil tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again

Pertencimento

Não sou bonita
Não tenho uma voz perfeita
Não escrevo poesias ou músicas divinamente
Não sou tão inteligente e perspicaz
Não tenho o dom da oratória
Não sei liderar
Não bebo compulsivamente
Não me drogo
Não tenho mais vinte e sete
Ano que vem completo trinta e três
Mas o sentimento de não pertencimento a esse mundo
Também me invade vez por outra
E me leva a momentos de insanidade e profunda tristeza
A única linha que me separa do destino que tantos outros tiveram
É o pouco de coragem e esperança que resta
Para não me entregar a esse sentimento

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vento no litoral



Vento No Litoral

Legião Urbana
Composição: Renato Russo

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Olha só o que eu achei
Cavalos-marinhos...
Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Inércia

Por que se afasta, se esconde, se nega, se fecha ?
Por que não enxerga a possibilidade, o caminho, a solução, a perspectiva, a oportunidade?
Por que não aproveita minha disposição?
Por que não bebe da minha esperança?
Por que não alcança minha mão?
Vem... Segura forte!
Tens força.
Esquece as amarras, as loucuras.
Deixa a revolta e os questionamentos de lado.
Liberta tua mente.
Abre-te para o novo, abrace-o
Anima-te para sair da zona de conforto
Arrisque-se a abandonar a inércia
Vamos rever o mundo
Escrever um novo caminho
Narrar uma outra história

Dois perdidos


Esquisitos, chatos, inconvenientes
Buscam respostas, em tudo veem porquês
Apreciam as palavras
Se perdem em pensamentos
Comedidos em gestos e ações
Teorizam a prática, mas nem sempre praticam a teoria
Descobriram suas peculiaridades
Desistiram da aceitação
Compreendem ideias discordantes
Respeitam as diferenças
Não fingem, não medem palavras
Impõem limites aos sentimentos
Não admitem cobranças, imposições
Estabelecem regras difíceis de seguir
Simplificam o que complica
Complexificam o que facilita
Não se enquadram, não se encaixam
Solitários convictos em busca de si mesmos...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Contramão


Quando o errado parece o certo, o que fazer?

Dizer sim ou não?

Pedir uma segunda opinião?

Dizer que está fora de questão?

Ignorar a razão e dar margem à emoção?
 
 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Contradições



Bicho esquisito esse tal de ser humano...
Briga a vida toda para conhecer esse sentimento chamado amor.
Quando ele se apresenta, uns dizem que não estão preparados, fogem da responsabilidade.
Outros ignoram sua presença.
Ainda existem os que fazem pouco caso, manipulam, machucam, tripudiam.
Poucos são os que realmente deixam ele fazer parte da sua vida.

Saudade



A  melhor poesia, a melhor canção e o melhor momento são inesquecíveis mesmo com o tempo que passa, com a distância que separa, com o rumo diferente. Saudades de ser feliz!

Dor no peito


Acordei com uma dor imensa no peito. Uma falta, uma angústia, um vazio...
Os dias em que preenchestes meu eu com alegria foram intensos, completos, plenos.
Saudades de você: amor!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caçador de Mim



Caçador de Mim

Milton Nascimento

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A vida é um eterno clichê

Hoje é o dia das constatações clichê...
Quais são as palavras que nunca são ditas?, já indagava o Renato
Como fugir deles? Por que fugir?
Fugir como o diabo foge da cruz?
Banalidade? Vício? Dualidade? Humor? Sarcasmo?
Preguiça linguística?
Ou uma pedra no sapato?
Coisa do arco da velha?
Um caso de amor e ódio?
Uma faca de dois gumes?
Tudo que vem fácil, vai fácil
Tudo que é bom dura pouco
Tudo na vida tem um preço
Quanto mais alto, maior o tombo
Nunca troque o certo pelo duvidoso
Quem arrisca não petisca
Pois, apressado come cru
E devagar se vai ao longe
Quem não sabe ou não aprende, se repete, insiste no erro
Errar não é humano?
É um mal necessário
Mas imagem é tudo
E quem canta os males espanta
A fila anda
Nada é por acaso
A união faz a força
É o melhor para os dois
O problema não é você. Sou eu
É preciso colocar a casa em ordem
Fechado para balanço
É preciso correr atrás do prejuízo
Há mais mistérios entre o céu e a terra do supõe a nossa vã filosofia
Abandoná-los seria como se vivêssemos tudo pela primeira vez?
Não vamos confundir alhos com bugalhos
Nem fazer disso um cavalo de batalhas
Temos fôlego de sete gatos
Ou dá, ou desce?
Ou trepa ou sai de cima?
Clichê bom é clichê morto?
Insistir nas velhas ideias e nos velhos pensamentos nos dá mais segurança?
Mas a existência não acaba sendo um grande catálogo de clichês?
Só sei que nada sei...

terça-feira, 22 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Saldo do carnaval

E para variar, o carnaval ora surpreendeu, ora decepcionou. Apesar de tudo o saldo foi equilibrado:

- Quebrei minha resolução de fim de ano: tomei uma lata de Devassa e nenhum pingo de álcool a mais durante toda a folia de momo;
- Dois dias em Olinda: sábado e domingo;
- Um pedaço de tarde e muitas risadas no Quanta Ladeira, no Recife Antigo;
- Dois dias de boresta: segunda e terça-feiras;
- Um selinho nas ladeiras da cidade alta;
- Vários beijos num revival;
- Duas saídas com amigos;
- Um dia para reflexão: quarta-feira
- Filme com a família.
- Gastei menos dinheiro do que deveria, mais do que podia.

Tudo bem. Outros carnavais virão...



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Peito vazio



(Cartola)

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo esta imensa saudade
Que sinto se esvai.

http://www.vagalume.com.br/cartola/peito-vazio.html#ixzz1DzCT3qTp

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Me arranja um pecadinho!!!



Frevo

Tom Zé
Composição: (Tom Zé - Tuzé de Abreu)

Esta noite não quero saber de conselho
esqueça, deixe pra lá
me arranja um pecado
quente pra me consolar
pense bem que depois
tem o ano inteiro pra gente pagar

Cinqüenta gramas de amor
veja lá, é um bocadinho
vinte gramas até,
venha cá, é tão pouquinho.
Eu vou morrer se você
não quiser
me arranjar um pecadinho.

Quem finge mais?

Ligar o foda-se nem sempre é fácil...



Tem situações da vida que gostaríamos simplesmente de não vivenciar, não presenciar, não ter que passar por aquilo. A mensagem, o aprendizado já veio, a porrada já foi dada, ponto final. Quando você comenta os acontecidos com os amigos mais queridos, eles te dão razão, o que reforça ainda mais a sua força interior para superar o obstáculo, o atropelo, a mancada, a burrice, a ingenuidade e seguir em frente.

"Manda pra puta que pariu!", diz um. "A fila anda", diz outro. "Ligue o foda-se e seja feliz", mais outro.

Na cachola tá tudo certo. Tudo já está entendido, claro, claríssimo!

O mais punk é que você não imagina o quanto vai se incomodar, machucar-se, doer-se com o que não é mais relevante, com o que já foi, que não tem mais a ver, mas... No melhor do fim da festa, uma topada no dedo midinho! Doi pra cacete! Bate no pontinho mais sensível da sua integridade, do seu orgulho, da sua auto-estima, mexe com o seu brio.

Por isso, ligar o foda-se nem sempre é fácil...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

My reality

Sem poupar coração




Nana Caymmi
Composição: Dory Caymmi / Paulo Cesar Pinheiro

Não quero mais
Ouvir quem diz
Que o amor é só
Pra ser feliz
Angústia ou paz
Prazer ou dor
Eu quero é mais
Morrer de amor

Eu quero amar demais
Sem poupar coração
Que pra mim o amor que apraz
É uma louca paixão
Um amor só satisfaz
Além da razão.

Sobre o amor

Quando amo, amo mesmo. Não sou do tipo que faz barganhas.

(Rosana Rocha)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Te ver

Skank

Composição: Samuel Rosa / Lelo Zanetti / Chico Amaral

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
Não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica
É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
E como não provar o nectar
de um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor...

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Me Deixa Em Paz




Monsueto

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar a dor
É impossível
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amor Maior

Jota Quest
Composição: Rogério Flausino

Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho só
Não é possível...

É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro prá fora
Amor que eu desconheço...

Quero um amor maior
Um amor maior que eu
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu...

Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho assim
Não é possível...

É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Um amor de dentro prá fora
Um amor que eu desconheço...

Quero um amor maior
Um amor maior que eu
(Que eeeeeu!)
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu
Yeah! Yeah! Yeah!...

Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor, yeah!
Prá saber se é amor
Se é amor!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É... Avance a fita!


Enquanto isso não acontece, não se vive o presente e é praticamente impossível construir algum futuro...


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Que Eu Também Não Entendo

Jota Quest
Composição: Fernanda Mello e Rogério Flausino

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Prá que você possa entender
O que eu também não entendo...

Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...

Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Acima do sol

Skank
Composição: Chico Amaral / Samuel Rosa

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Crença perdida

"Ainda acredito e me visto de coisas que não existem mais"...

Filmes românticos

Pesquisando, buscando imagens e vídeos para ilustrar o post anterior sobre o filme “Romance” me deparei com um vídeo com uma compilação do que, para quem o editou, seriam os filmes mais românticos e dramáticos. Então tive a ideia de fazer uma votação, meus dois leitores e meio. Quais são os filmes mais românticos na opinião de vocês?
Abaixo, listo alguns que assisti e recomendo pra quem ainda acredita, de alguma forma, nesse comportamento/sentimento maior....
  • Diário de uma paixão
  • Uma linda mulher
  • Como se fosse a primeira vez
  • A casa no lago
  • Orgulho e preconceito
  • Amor sem fronteiras
  • PS: Eu te amo
  • Antes que termine o dia
  • Antes do por do sol
  • Cidade dos anjos
  • De repente 30
  • Letra e música
  • Noites de tormenta
  • Ghost
  • Titanic
  • Um lugar chamado Nothing Hill
  • Lendas da paixão
  • O espelho tem duas faces
Não assisti
  • Doce novembro
  • Uma carta de amor
  • Outono em Nova York
  • Doce lar
  • Um amor para recordar


 Aguardo novas sugestões para a lista. :)

Nosso Estranho Amor

(Caetano Veloso) - Versão para a trilha do filme Romance (2008)

Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor

Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não

Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Romance




Ontem assisti a "Romance", filme de Guel Arraes (2008), com Wagner Moura e Letícia Sabatella interpretando um casal que mistura ficção e realidade ao viverem um amor no teatro, interpretando o clássico Tristão e Isolda, e na vida vida real, como Pedro e Ana. Ao se apaixonarem, tentam descobrir uma nova forma de se relacionar plenamente, um amor recíproco-feliz, mais livre e carregado da mesma emoção do amor trágico, que interpretam no teatro.

O filme se autodenomina "uma história de amor e uma história sobre o amor". Traz várias, dezenas de reflexões sobre o relacionamento entre homens e mulheres, os medos, as angústias, os prazeres, o desejo, o ciúme, o sentimento de posse, o conflito com a vida profissional em detrimento à relação e, principalmente, a entrega.

Em alguns momentos acreditam que "sem sofrimento não há romance". Que o amor é triste e a paixão há de ser como a noite: eterna". Para eles, "os amantes se amam, mas não conseguem superar os obstáculos e serem felizes". O problema do amor "é que ele gera ou cobrança ou tédio". E ainda que "os amantes sempre se encontram tarde demais". Mencionam, ainda, que "a pessoa porquem nos apaixonamos é sempre uma invenção", que representamos ao estar com a pessoa amada.

Tudo isso tem um quê de verdade exacerbada pela aura criada por Guel Arraes para tratar com delicadeza de algo tão poderoso na vida das pessoas. Algo que tira do sério e equilibra, que faz feliz e chorar. Que pode mudar a essência e/ou a vida de uma pessoa se ela quiser/deixar, ao mesmo tempo em que pode manipular essas situações para se beneficiar.

O filme é delicioso de assistir. São muitos diálogos bem construídos sem ficar chato de ver. O figurino, a fotografia, tudo é muito equilibrado e bonito. Tem a ver com o contexto das histórias que o Guel Arraes sabe contar como ninguém, sempre trazendo elementos e o cenário da cultura nordestina para o cinema.

sem falar na interpretação dos dois protagonistas e dos coadjuvantes, como Andréa Beltrão, Vladimir Brichta Marco Nanini e José Wilker.

É pra ter em casa, ver e rever, e rever...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Móveis coloniais de acaju

Depois de ter assistido ao show da banda brasiliense Móveis coloniais de acaju, não consigo deixar de escutar algumas de suas músicas. Eles lembram a primeira fase da banda Los Hermanos, tempo que eu ia pra shows e me esgoelava cantando todas as músicas, sabia tudo de cor.

As letras que conheco da Móveis são simples, mas dizem muita coisa legal. A música sem palavras é a minha cara...



Sem Palavras (Móveis Coloniais de Acaju)

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não tem solução

(Nana Caymmi)

Aconteceu um novo amor
Que não podia acontecer
Não era de amar
Agora o que vou fazer

Não tem solução
Esse novo amor
Um amor a mais
Me tirou a paz

Eu que esperava nunca mais amar
Não sei o que faço
Com esse amor demais

Amor e liberdade

Vindo para o trabalho agora há pouco, vi um adesivo super mega power blaster brega no vidro de um carro que dizia: "Perdi um amor, mas ganhei a liberdade". Para muitos ou para a maioria dos casos isso faz sentido....

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cantar e os males espantar

A música é fundamental na minha vida. Tudo lembra uma música. Todos os momentos são dignos de uma trilha sonora. A cada dia que passa, a cada música nova que ouço e aprecio, admiro cada vez mais quem consegue alcançar o equilíbrio e a perfeição de ter uma boa letra, uma boa música e um bom intérprete conjugados. Confesso: ter nascido com um desses talentos já me satisfaria. Seria uma pessoa mais feliz.

São tantas vozes lindas que potencializam o poder que as palavras têm. A musicalidade natural, o tom, as prolongações... A canção sai naturalmente, como se fosse uma conversa boa, carinhosa no pé do ouvido...

Nanna Caymmi, Maria Gadú, Ana Carolina, Amy Winehouse, Vanessa Carlton são apenas alguns exemplos de vozes femininas que tenho ouvido ultimamente.

Ah se eu soubesse cantar... será que todos os males eu iria espantar?

Palavra de Borboleta: Bruninha e seu Noturno

Palavra de Borboleta: Bruninha e seu Noturno

Baseado na música "Vital e Sua Moto", dos Paralamas do Sucesso

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Não estou disposta (ainda)...

Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda

Kid Abelha

Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que eu sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim...

Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê...

Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que soy loco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim...

Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pra rua me levar

(Ana Carolina)


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar...

Se esvaindo

A cada dia lembrava menos do sorriso, da risada, do gesticular ao falar, do seu cheiro, do jeito de se aconchegar, do jeito de tocar e cantar, do seu sotaque. Da sua chatisse, da sua seriedade, da sua agitação, da sua serenidade. Estava deixando de querer dividir seus pensamentos. Ainda sentia falta das conversas, do carinho, da intensidade. Restava a vontade de ligar, a saudade. Lembrava de como perguntava sobre como foi seu dia. Da forma que ouvia com atenção, de como contava a própria rotina e história. De quando poucas vezes se abria. Acaso ou destino, não achava justo que algo que ia tão bem, acabasse se esvaindo dessa forma tão fria, distante e insensível.

Invenção...

A pessoa por quem a gente se apaixona é sempre uma invenção”.

(frase da personagem de Letícia Sabatella no filme Romance)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Minha trilha pra você

Que nem jiló (Luiz Gonzaga)
Quase nada (Zeca Baleiro)
Onde anda você (Vinícius de Moraes)
Nada além (Orlando Silva)
Sonho bom (Gram)
Alguém como tu (Gal Costa)
Game of love (Michele Branch)
Dança da solidão (Marisa Monte)
Vieste (Ivan Lins)
Fico assim sem você (Adriana Calcanhoto)
Pensar em você (Rita Ribeiro)

Passou

Qualquer hora dessas vou parar de pensar em você
Não vou me importar se você está bem ou mal
Se ri ou se sofre, se passa bem ou mal
Se está tranquilo ou continua confuso
Se sabe ou não o que quer, quando e onde quer
Se vai ficar aqui ou arriscar viver em outro fuso

Qualquer hora dessas não vai haver mais sentido
Se mentiu ou omitiu, se valeu ou não a pena
Se você foi verdadeiro ou não comigo

Qualquer hora dessas não me importarei mais
Se esta aqui, acolá, com outra pessoa ou em paz
Se vai me ligar, mandar e-mail, chamar pra conversar

Qualquer horas dessas vou deixar de te querer
Vou conseguir te esquecer
Dentro de mim deixarás de viver

Adolescência tardia

Quando sabia que ia te ver o coração batia.
As mãos suavam, o peito ardia.
O sorriso no rosto se estendia.
Os olhos viravam faróis.
Tarde, noite ou dia.
As horas passavam rápido demais quando estávamos a sós.
Músicas de amor cantarolava.
Poesias escrevia e às vezes até te mostrava.
Abria o coração, sem medo de desilusão.
Vivia o momento, deixava rolar a paixão.
Quando algo assim acontece, não tem quem não sinta.
É... Acho que voltei a ser adolescente depois dos trinta.

Que nem jiló

Composição: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Essência

Se me perguntares hoje quem sou, respoderei:
parte de mim é um misto de música e poesia.
A outra de equilíbrio e insanidade.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quase Nada



Composição: Zeca Baleiro e Alice Ruiz

De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada

De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada

Doideira e poesia


Todo esse turbilhão de sentimentos, atitudes,
sorrisos e lágrimas são fruto do que causasse.
Além da angústia, da aflição, da ansiedade,
do prazer e de toda a emoção,
tocasse a sentelha da vida, da vontade, 
da esperança esquecida, perdida.
Mesmo não ganhando, não sai perdendo.
Venci a batalha da mesmice, do descrédito, da insegurança.
Apanhei, mas aprendi um pouco mais a ser e a viver.
Virasse, virei, viramos poesia.

Despedida definitiva

- Mande notícias. Vou estar fora esse tempo, mas quero receber notícias suas.

- Mande notícias também, disse. Só saberás de mim a medida em que souber de ti, pensei.

Nessa despedida, para acalmar meu coração, você podia ter feito e dito tanta coisa. Mas o teu silêncio e indiferença mais uma vez predominaram. Do meu lado, tentei ser eu mesma, mas sem segurei minha onda.

Ah se tivesses sido diferente, como antes, como no começo. Se tivesses me chamado para falar, pra encontrar. Teria cometido toda a loucura que tenho pensado nos últimos dias. Teria te sentido intensamente, desfrutado do teu melhor e do teu pior. Teria dito que estou disposta a te ajudar se você me explicar... , me pedir.

Espero que esse tempo que vais ficar longe deise sua casca um pouco mais macia, que faça abrir uma fresta na sua concha...

Desejo, acima de tudo, equilíbrio,clareza, leveza. Que descanse, que se encontre.

Desejo que você volte e se permita viver coisas boas para matar seu medo de tê-las e de perdê-las.

Que divida, que se mostre um pouco mais, o bom e o ruim, o sorriso e a lágrima, a qualidade, a mania, o defeito, a chatisse, a meiguisse.

Seja você, suas convicções, sua essência.

Seja verdadeiramente encantado.

Só assim poderia voltar a querer te ver, te conhecer, te ter.

Já que é assim que pode ser. Até, então.

Morte lenta

A indiferença é um tipo de morte lenta.
Quem é indiferente faz o outro morrer um pouco
A cada minuto de sua ausência.

É fácil ser forte e ser indiferente,
Mas o grandioso é sentir e seguir em frente.


*Com a contribuição do amigo Mozart Araújo

Tilte

No meio da alegria desvairada, no meio de uma enxurrada de risadas, o minuto de pensamento em ti me deixou desconcertada. Meio minuto de cara fechada, uma, duas, três lágrimas disfarçadas. De repente mais uma risada.

Autenticidade



Sou o que faço, o que digo, o que mostro querer.
Minha atitude reflete a maioria dos meus pensamentos.
Não me escondo mais de mim, nem de ninguém.
Posso até me arrepender. Mas...
Não sou mais do que o que você vê.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Um ano


Xi! Praticamente esqueci de registrar que o EmContos & Desencontros fez um ano no último dia de 2010. Confesso: em tempos de redes sociais e de tanta correria no dia a dia, bateu aquela dúvida se continuo ou não com ele, principalmente porque o nível de pessoalidade nas coisas que venho postando só aumenta.

A dúvida entre me expor e qual o limite disso sempre é forte. Por agora decido que sigo em frente já que ninguém acompanha o que posto, apesar de ter mostrado para algumas pessoas, ter divulgado para alguns amigos próximos. O julgamento e a opinião de vocês é muito importante para mim... Por outro lado, ninguém expõe mais o que pensa se e quando lê alguma coisa aqui.

Bom, independentemente disso, pelo menos essa vai continuar sendo uma forma descompromissada que tenho de registrar os pensamentos, os sentimentos, os momentos bons e ruins aos quais vou vivendo. Vez por outra essas ocasiões inspiram textos, histórias, fazem com que eu busque a palavra de escritores e poetas consagrados para traduzi-las.

Rever tudo mostra o aprendizado que cada uma das ocasiões trouxe junto com as dúvidas, as dores, as alegrias, as tristezas, as reflexões, os textos lidos... É um registro da minha trajetória, do meu amadurecimento emocional e pessoal.

De qualquer forma, parabéns EmContos & Desencontros!

Adeus II

Quer ir mesmo? Está certo, então vá.
Mesmo que seja de um lugar que você não entrou,
A porta está aberta para você partir.
Vou deixar você seguir, já que é o que você quer.
Sim, tenho certeza.
Mágoa? Talvez tenha.
Saudades, com certeza.
Tua indiferença ao meu lado é mais forte que a dor do adeus.
Sua chegada me fez bem, sua mudança fez mal.
Vai na fé. Procuro sempre o que me faz melhor.
Sem você fico um tempo triste, mas será passageiro.
Lebewohl...

Onde Anda Você




Vinicius de Moraes
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / Hermano Silva

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
A onde anda você?