Londres teria sido a primeira opção para fazer intercâmbio se não fosse tão caro, ou melhor, se o Real não fosse tão desvalorizado em relação à moeda da rainha. A segunda opção era a Austrália. A mesma razão fora a desmotivadora. Mas se não dava pra morar, quem sabe só ficar uns dias e realizar esse sonho? A configuração das minhas aulas e da passagem mais em conta não me deixaram ficar muito tempo por lá, mas eu posso dizer que deu tempo, inclusive, de escolher meu local predileto.
Ir para Londres tinha outro significado bem dramático àquela altura da viagem: eu teria terminado o curso de oito semanas. Seria o meu caminho de volta pra realidade.
Eu deixei parte da bagagem no aeroporto por uns dias e fui para a cidade. Cheguei no hostel no sábado fim da tarde e só deu para dar uma andada (acho) pela West End, Piccadily Circus e Convent Garden. Passei por dezenas de restaurantes e teatros que mais lembravam a Broadway.
Eu tinha que aproveitar o máximo o dia seguinte. Eu decidi que não iria a nenhum museu. Era uma questão de priorizar para viver a cidade no pouco tempo que eu dispunha. Então o Museu de Arte Natural, o British Museum, o Tate Modern, entre outros, ficaram para a próxima. Também não rolou ir no The Shard, o prédio mais alto da cidade, e nem naquele prédio que parece um pepino gigante (mega fálico, por sinal)...
Eu fiquei hospedada no Generator Hostel, que parece um hotel. Foi o melhor hostel que já estive na vida. E eu detesto hostel! Organizado, limpo, gostei mesmo. Recomendo. Obrigada por mais essa dica, Emídia. Só o café da manhã que paguei achei fraco.
Pão com ovo inglês: bonitinho, mas ordinário
O que rolou foi o Big Ben em reforma, a Westminster Bridge e o Westminster Palace.
Big Ben e que céu!
Na sequência, dei aquela passada pela London Eye, que só abriria às 11h. Andei um pouco pelas margens do Tâmisa e fui me embora para o Buckingham Palace, afinal não podia perder a troca de guarda. Cheguei lá cruzando o St James´s Park. Atrasei-me um pouco, mas ainda deu pra ver um pouco do balé que eles realizam. É gente demais ali...
Eu e a London Eye
Espreguiçadeiras no Green Park
Achei lindo esse caminho...
Olha lá os guardinhas!
Aquela cara de quem não tá acreditando ver tudo aquilo que só via na TV ou em filmes ao vivo e a cores. E muitas cores! O dia estava perfeito!
Andei um pouco pelos arredores, comprei um sanduíche no Green Park e fui andando conferir a beleza do Hyde Park. Deparei-me com o Arco de Wellington.
Arco de Wellington, também conhecido como Arco da Constituição ou (originalmente) Arco de Green Park, no caminho para o Hyde Park
Andei pelo Hyde, contemplei o mega lago que tem internamente, alimentei os patos e cisnes e fui me dirigindo ao Kensinton Palace, onde morava a princesa Diana e onde hoje moram William, Kate e seus filhos. Não sei como eles aguentam tanta gente nos jardins. rs Também tem café e restaurante, tudo ali do lado... Assim como o Kensington Gardens, em homenagem a Diana. Local lindo, mas com um ar de tristeza pairando no ar.
Entrada do Hyde Park
Indícios da chegada do outono...
Hyde park...
Confesso que essa hora bateu aquela solidão... E mandei uma mensagem meio estúpida...
Tinha uma fonte linda no caminho para o Kensinton Palace em homenagem à Diana. Muitas crianças brincando por lá
Kensinton Palace
Kensinton Palace 2
White Garden, em memória aos 20 anos da morte da Princesa Diana
Depois de um momento de pesar no White Park descansei um pouco e fui começar o fim da jornada. Confesso que sentada, olhando a área no entorno do Kensinton Palace, bateu um desespero. O sonho estava no fim... Mas ainda tinha muito o que ver e sentir. Próximo destino: Camdem Town.
Acho que Suzana e Emídia, duas das amigas e maiores entusiastas dessa doideira toda, disseram que eu iria adorar esse lugar, que "era a minha cara". Veja só. Eu com cara de algo em Londres... Mas quem falou acertou em cheio. O lugar é bem alternativo, agitado, tem uma aura meio punk, meio rock n roll, cheio de gente que pra mim é gente normal. Então fiquei empolgada e foi onde passei mais tempo.
Andei pela localidade, visitei a estátua da Amy Winehouse, andei pelas ruas do mercado e queria ter muita grana para poder refazer meu guarda-roupa com parte das coisas que vi ali.
Procurei o bar que a Amy frequentava, o "The Harley Arms", e achei! Parei lá para tomar uma Guiness e relaxar. Mais uma daquelas reflexões malucas que bateram na minha cabeça. Ajudei um brasileiro que perguntou pro barman onde era o "bedroom". O cara não entendeu nada e eu expliquei o que ele queria. "Bathroom", WC, e não quarto. Todo mundo ficou rindo e o cara foi tirar a água do joelho e eu fiquei com essa história besta pra contar.
Slanté! Esse sabor da Irlanda carregarei comigo pra sempre!
O pub é massa. Capaz de eu ter encostado em algum lugar do balcão onde a Amy também encostou
Depois da Guiness, andei um pouco mais pelo bairro e achei esse bar, afinal naquela semana o fim do mundo estava para acontecer... Queria entrar, mas, com as dicas de Suzana e Gustavo, fui bater na Abbey Road. Antes de chegar perto da gravadora dos Beatles e atravessar a famosa Abbey Road como eles fizeram na capa do disco homônimo, eu dei uma paradinha na Baker Street. Sabe como é fã... Eu tinha que visitar a casa do Sherlock Holmes. Não deu, já tava fechando, mas eu senti um pouco daquela aura das histórias só de estar ali na frente e fazer umas fotos.
Na frente da casa do Sherlock
221 B, Baker Street
Depois segui para a Abbey Road. Quase desço na Bond Street para ver qual era, mas segui para a Abbey... Seria provavelmente minha última parada em Londres antes de voltar para o hostel.
Abbey Road: a gravadora
Abbey Road: a rua/faixa
Abbey Road: a capa do disco homônimo dos Beatles
Um pouco de vandalismo: risquei o muro da Abbey Road.
Errei a letra da minha música preferida deles, Blackbird (troquei arise por arrive),
que tem tudo a ver com essa jornada, mas o que vale é o registro
Errei a letra da minha música preferida deles, Blackbird (troquei arise por arrive),
que tem tudo a ver com essa jornada, mas o que vale é o registro
Queria ter tentado ir em Notthing Hill, mas já tava morta. Jantei pertinho do hostel e tentei dormir cedo. Tinha que acordar às 4h30 para poder pegar o transfer às 5h para o aeroporto e começar mais uma aventura. Agora em terras italianas... Ritinha e Lorenzo estavam me esperando... :)
O fim do mundo é um pub. Pena que não deu pra estar lá...
AAAAAHHH fiquei tão feliz contigo em Londres. Eu sabia que tu ia adorar. Já estava naquela expectativa de saber como seriam os teus passeios! Temos que voltar lá um dia para ver mais!!!
ResponderExcluirTem muita coisa lá também que não vi. E quero ir a outros lugares na Inglaterra também... Pode ser nossa viagem juntas... Olha aí!!!
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