Cena de Star Wars: pisei no mesmo solo que eles...
Eu passei dias pensando em como dividiria essa experiência com vocês. Já faz quase uma semana que a viagem para Portmagee aconteceu e, quando eu penso nela me pergunto se foi realmente realidade.
Antes de tentar relatar e mostrar um pouco como foi, acho importante contextualizar brevemente o que são as Skellig Michael Islands, as Ilhas Skellig Michael. Sim, são duas, a Skellig Michael e a Small Skellig. Elas ficam a 8 milhas da costa, no Oceano Atlântico. É possível chegar até lá de barco (quase uma hora) a partir do condado de Kerry, no sudoeste da Irlanda. Eu fui a partir de Portmagee, uma vila pesqueira. É possível ir de outro local, a Valentia Island.
Na "big" Skellig, que tem 17 hectares, fica situado o sítio arqueológico do mosteiro de monges cristãos irlandeses construído no ano 588 e considerado como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO em 1996. O local foi usado como cenário de "Star Wars - Episódio VII: O despertar da força", cena onde Rey encontra Luke. Também foi usada para gravar as cenas do próximo filme da série "Star Wars - Episódio VIII - Os últimos Jedi", que será lançado em dezembro.
Skellig Cruize, o barco que me levou à "Ilha de Star Wars"
Fui uma das 12 passageiras dos cinco barcos que vi zarpar de Portmagee. Saí da vila muito emocionada e feliz porque o tempo estava excelente!
Deixando a vila pra trás. O mar estava flat, perfeito para navegar. :)
Começando a entrar no oceano...
Aí você avista a Skellig e vai lembrando da cena do filme de Rey chegando na Millenium Falcon
Obviamente, essas outras ilhas não existem no cenário real... Só uma delas...
Há uma espécie de píer para os barcos atracarem. Mas isso só é possível de maio a outubro, mais ou menos, por conta das condições climáticas
Do píer, a jornada começa com uma caminhada de cerca de 10 minutos até o ponto de subida para o monastério
Há uma parte do caminho coberta, para evitar acidentes
Nesse ponto, a guia dá todas as instruções de segurança e a subida começa. São 600 degraus em uma estrutura de pedras encaixadas até o pico (mais de 200 metros de subida)
Por uma questão de segurança, eu fiquei muito focada na subida realmente, em mentalizar que eu conseguiria chegar lá em cima. Minha coluna não doeu, mas minhas coxas arderam em alguns momentos. Eu parei duas vezes na subida para pegar fôlego e dar uma descansada.
A terceira parada da sumida foi especial. Eu me emocionei bastante vocês imaginam o motivo?
Reprodução da cena de Star Wars, O despertar da força
Essa panorâmica fui eu que fiz
Essa sou eu depois de ter chorado horrores quando reconheci o local. A Força estava comigo. Eu relaxei e chorei por tudo que conseguir realizar até agora...
Olha que beleza a natureza esculpiu...
Depois da parada, eu tomei água e continuei subindo até chegar ao monastério propriamente dito.
Antes de chegar no monastério, uma paradinha para registrar a belíssima Small Skellig
A entrada no monastério onde os monges moraram no século VI. Imaginem as condições que enfrentaram para chegar até o local... Para construir as escadarias e tudo o mais...
Chegando no monastério e a vista...
Originalmente era um grupo de seis celas em formato de colmeia. Lembra as nossas ocas ou os iglus dos esquimós
Essa era a maior das colmeias. Pela explanação, parece que era o local central onde preparavam e se reuniam para se alimentar
Aquela paradinha para ouvir o guia explicar tudo e dar uma descansada
A entrada da colmeia
O ambiente da cela é muito úmido, frio... Realmente é preciso ter um desprendimento enorme para viver num local assim
Eu dei uma experimentada, entrei na cela, pensei em dar uma meditada, mas... a umidade + lodo + minha alergia não combinam...
Melhor fazer gracinha de outra forma...
O oratório em formato de barco
Os monges estavam certos com a escolha do lugar para estar mais próximos de Deus. Diz a história que eles ficaram na ilha até o século XII, quando se uniram aos monges agostinianos no continente. Além das dificuldades naturais, eles também enfrentaram em alguns momentos conflitos e sequestros de vikings... Eram considerados homens sagrados, então muitas vezes capturados e mortos como forma de barganha.
Tínhamos cerca de duas horas e meia para ficar na ilha. A subida dura uns 50 minutos. Lá em cima, você fica uma meia hora parte ouvindo o guia. Depois foi aproveitar o momento, sentir a energia fantástica do lugar é hora de voltar. A descida é mais rápida, mas com mais paradas.
Cara de felicidade pela realização
A vegetação que cobre a ilha é bem rasteira...
... mas cheia de flores branquinhas e amarelas
Eu e a Little Skelig
O tamanho dos degraus varia muito trecho a trecho. Há uns locais com curvas bem acentuadas. É preciso ter bastante cuidado
Claro que eu pedi para fazerem uma foto minha imitando a Rey...
Dá pra ver que deram uma bela modificada no ângulo e nos elementos do fundo da imagem
Nesse ângulo dá pra ver onde foi que a Millenium Falcon aterrisou... (kkkkkk)
Dá pra ver que é o mesmo lugar... ;)
Os detalhes dos arredores
No caminho de volta pro barco a Little Skellig
Luke e Rey nos acompanhando :)
A aventura termina quando a gente chega bem perto da Small Skellig. Ela tem uma área de 7 hectares habitada por aves marinhas. Essa "crosta" branca que você vê é pura vida.
A visão das duas ilhas na volta pra o continente
O dia começou perfeito e terminou perfeito. O tempo só mudou na volta pra o continente. Chuva, muito vendo, frio pra se acabar.
Passa um filme literalmente na cabeça de cada momentinho desses. Cada aperreio, cada incerteza e cada Euro valeram a pena. Esse foi O passeio das férias.
Que a Força dos monges de Skellig esteja sempre com vocês!
AAAAAAHHH que passeio massa, Bruna!!! Fiquei curtindo aqui vendo as fotos e imaginando tua alegria nessa aventura. Tem uns lugares que não dá nem para explicar, não é? Só indo lá sentir mesmo. (obs: reparei na sua camisa temática para o passeio kkk)
ResponderExcluirFoi maaaassa mesmo! Gostasse da indumentária? rs Tinha que ir com alguma das 3 que eu tenho. Escolhi essa que era mais discreta e quentinha.
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