Letters from Cork 7 - Feriado em Kinsale

Oi, gente! Duas semanas aqui JÁ se foram. Tem horas que parecem mais, tem horas que parece menos... Mas acho que o tempo está passando rápido. Não sei se estou aprendendo tudo que podia/devia, embora saiba que esteja dando o meu melhor como sempre. Vamos ver... :)

Não escrevi nada essa semana porque foquei mesmo no estudo e porque também estava doente. Levar chuva dois dias seguidos e vento muito frio fizeram com que eu quase zerasse meu estoque de Multigrip. Mas foi por um bom motivo: outro passeio (próximo post).

Não tem sido fácil me enturmar. Quem me conhece, sabe que eu não sou fácil e também não me relaciono facilmente. Não sou de chegar e me apresentar, puxar papo. Juro que atuo bem quando atendo meus clientes, mas, no dia a dia, eu não "sou assim". rs Até tento, mas... Então, o que tenho feito é tentado aproveitar as oportunidades que surgem. Surgiu a de ir para uma cidade portuária aqui perto (a 25 km de Cork), Kinsale, com o Agustim (flatmate) e duas amigas espanholas dele.

Principal rua de Kinsale, acho que Pearse Street

No caminho para o Charles Fort, no Long Quay

Rodamos um pouco pelas principais ruas da cidade e depois fomos andando (30 minutos) até a atração histórica mais próxima: o Charles Fort. Gente, duas sensações recorrentes: 1. de estar em um filme; 2. de estar mergulhando na história ou nos livros de história. 

Eis a trilha para o forte. Pegamos cada ladeira...

E começou a chover no meio do caminho (eu e o menino Agostin)

Mas a vista é uma mega recompensa...  (clica que dá pra ver melhor)

Valor da entrada:  3 euros para estudantes. Apresentação inicial sobre toda a história. Senti falta apenas de todos os lugares que eram mencionados na completíssima explanação estarem devidamente sinalizados. Exemplo: a moça mencionou a casa principal, onde o comandante do forte ficava com uma dúzia de empregados e a família, mas isso não estava sinalizado internamente. 

A entrada do forte com aquela passarela clássica... (não tinha ponte levadiça)

... Mas tinha um fosso enorme!!!

Aí você entra e tcharam! 

...deslumbrante!!!  Construção finalizada em 1682 e usada militarmente até 1922

A apresentação do forte acontece toda em inglês. Há vários painéis e uma maquete, além da mocinha que explica tudo sobre a origem do Charles Fort

Tem a exposição de objetos da época também. Um dos que mais me impressionou (sempre tem cachimbos, resto de pratos), foi essa cama de campanha

Olha o uniforme dos soldados, bem parecidos com a da Guarda Real Britânica
(sai com uma cara de bunda nessa foto, pqp... rs)

Uma tentativa de geralzona do forte. O bicho é enorme!
Só andando por dentro é que você tem a noção!

Essa era a parte de trás, mais vulnerável da construção. Aparentemente parecia um ponto de atracação também e foi por onde os ingleses invadiram o forte na única guerra do qual ele fez parte. Na maior parte do tempo, serviu de local de treinamento para os soldados irlandeses. 

Olha que massa essa estrutura preservada (e meio zoneada também)

Tem uma exposição de fotos também. Dá pra ver bem como era....

Pose pra foto tiração de onda do dia

Por baixo era assim, meio sombrio e úmido...

Em alguns momentos, por conta do frisson gerado por Game of Thrones (o seriado), era inevitável cantarolar a trilha da abertura... Rendeu boas risadas (clique no vídeo abaixo pra conferir a palhaçada). Passamos a maior parte do tempo olhando os espaços do castelo. 

No meio da visita, paramos para nos esquentar. Eu tomei um chazinho básico com direito à touquinha para esquentar o bule (e as minhas mãos, que estavam congelando!)

  Vê se dá pra ver a dimensão... (clica que aumenta)

E a baía do Bandon River é deslumbrante também, mesmo com esse tempo meio feioso...

Depois fizemos o caminho de volta à pé, quando pude praticar bastante meu inglês com Ana, uma das amigas do Agostim (a ruiva). Falamos um bocado sobre tudo, inclusive os estereótipos que os estrangeiros têm das brasileiras (passistas de escola de samba) e espanholas (dançarinas de flamenco). Objetificações, no fim das contas. Veja a profundidade! hahahah 

Meu primeiro fish and chips!!! (chips pra car@&%0!!!)

A gente almoçou no Dino´s, tradicional point culinário da cidade. Achei curioso porque ele tem um espaço refinado, tipo restaurante, e um fast food pra quem não tá a fim de bancar esse luxo todo. Ataquei meu primeiro fish and fries. Gigantesco, por sinal! Não comi tudo não... Dava pra dividir legal! 

A cidade é mega simpática e ganha habitantes nessa época do ano (verão pra eles). 

Loja de calçados...
*Referências cinematográficas: será que na cidade é proibido dançar?

Ruela típica.

Suzana, lembrei de você e Regina. Em poucos minutos, passei por duas bookshops!

Nessa época, além das pessoas navegarem, também participam de jogos aquáticos. Pudemos presenciar um muito engraçado, o "Greesy pole", ou melhor, o "poste escorregadio". Ficamos acompanhado por um tempo e uma senhorinha fofa dava risadas fofas cada vez que alguém se arriscava (foi a ela que perguntei como era o nome da modalidade esportiva). Ela explicou que os jogadores (categorias masculino e feminino, claro) tinham que escorregar por uma estrutura de madeira coberta com uma espuma e molhada e apanhar uma bandeira na ponta. Não tinha problema se caísse, contanto que pegasse a bandeira. Resultado: cada videocassetada... No papo com a senhorinha, descobri que perdemos de acompanhar a tradicional "Pillow fight", guerra de travesseiros, que também é realizada sobre o greesy pole. Deve ter sido hilário!

Público atento á preparação do greesy pole
(o grupo no bote cinza está colocando a bandeira na ponta do pole). O negócio é sério, rapaz!

Acho que foi isso. Fomos e voltamos de ônibus tranquilamente, coisa de 11,80 euros. Um dia muito massa e uma escolha perfeita para uma segunda-feira de feriado bancário na Irlanda. :)