sábado, 13 de março de 2010

Abaixo ao machismo!!!


No início desta semana, precisamente no dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Em tempos de globalização, a mulher alcançou um patamar de igualdade em relação ao homem no qual não precisa mais provar que é capaz de desempenhar qualquer atividade que o sexo oposto realiza. Mas ainda absorve mais responsabilidades no dia a dia da família, ganha menos e sofre violências das mais diversas formas, físicas e psicológicas, a exemplo do machismo, entre outras "desvantagens".

Qual a mulher que nunca sofreu com o machismo do companheiro, namorado ou marido? Levante a mão a felizarda!

De uma forma ou de outra, todas nós já tivemos que lidar com alguma restrição ao nosso comportamento imposta pela mentalidade retrógrada masculina e absorvida pela mulher. E, por sermos educadas sob este regime, colocando o amor pelo outro em primeiro lugar e não o nosso amor próprio, o reproduzimos quando passamos de educandos a educadores e achamos natural certos comportamentos. Posso listar vários que já presenciei e até vivenciei:

- Implicância com roupa, seja por transparência, tamanho, decote ou tipo de peça, como vestido ou saia;
- Discussão sobre quem deve ocupar a cabeceira da mesa;
- Só quem pode escorar o braço nas costas da cadeira, como "um abraço", é o homem;
- Só o homem pode/deve pedir a conta ao garçom;
-  A mulher trabalha demais. Precisa se dedicar mais aos afazeres da casa e ao companheiro;
- Deixar de trabalhar e/ou estudar para atender o capricho do marido;
- Se afastar de amigos homens solteiros ou não;
- Não poder mencionar experiências ou episódios anteriores vividos com outras pessoas;
- Ciúmes doentio;
- Várias ligações no celular por dia/controle sobre o ir e vir (o celular vira um GPS);
- "Segura a sua cabrita porque o meu bode está solto";
- "Quero que você seja só minha";
- "Quero construir uma mulher para mim";
- Etc (sugestões de outros comportamentos são bem aceitas).

Nós, mulheres, temos um pouco de parcela de responsabilidade nisso tudo. Em primeiro lugar, por continuarmos colocando panos quentes nesses momentos, nos submetendo e achando até bonitinho um ciúme fora de hora, ligações várias vezes por dia. Em segudo porque as mulheres que viram mães deveriam assumir o compromisso de criar seus filhos com uma mentalidade diferente e não do jeito que nossas avós criaram nossos pais e nossos pais nos criaram: meninos/rapazes/homens: alheios às responsabilidades, egoístas, individualistas e inseguros.


Cena de Viver a Vida (11/03/2010)
Helena: - Você achava que eu ia abrir mão da minha liberdade e da minha independência para nos mantermos juntos? (...) Elas estão acima de qualquer coisa

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