Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Copyright © André C S Masini, 2000
Todos os direitos reservados. Tradução publicada originalmente
no livro "Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa
Acabei de chegar do cinema e fiquei maravilhada com o filme "Invictus", um dos dez concorrentes ao Oscar 2010. Dirigido por Clint Eastwood, traz no elenco Morgan Freeman e Matt Damon, o primeiro interpretando Nelson Mandela e o segundo o capitão da equipe de Rugby sul-africana Francois Pienaar. Ao assumir a presidência daquele país em 1994, Mandela enxerga no esporte uma forma (política) de reduzir o abismo que existia entre os negros e brancos do país após o Apartheid. E faz isso com maestria, visando ao futuro e à melhoria das condições socioeconômicas do país, ao apoiar e estimular o time a vencer a copa do mundo da categoria.
Emocionante, cheio de mensagens diretas sobre superação e esperança, não é obviamente a biografia de Mandela, mas mostra um pouco do que esse homem, assim como tantas outras figuras como Gandhi e Madre Tereza de Calcutá, reservadas as devidas proporções, claro, representam para a história da humanidade.
Ah, e o que tem o filme com esse poema aí em cima? Bem, é o poema que inspirava Mandela a não cair em depressão durante os 26 anos em que esteve preso. Ele deu de presente a Francois Pienaar para inspirá-lo durante a copa do mundo de rugby e, por consequencia, a equipe que liderava.
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