Carnaval é isso mesmo: quatro dias de uma catarse coletiva, uma alegria que ninguém sabe de onde tira, nem de onde vem. Chega, "entra na cabeça, depois toma o corpo, acaba nos pés" e fica até a quarta-feira de cinzas. E Pernambuco é, sem dúvida, o lugar "para se jogar" nesse sentimento inexplicável e do qual eu havia me privado porque achava que não achava mais graça. Achava... Mas tudo é uma questão de opção...
Esse ano o roteiro de retomada foi de gala:
Sábado: Galo da Madrugada (camarote da Emlurb);
Domingo: Bezerros (interior de PE), conhecer os famosos papangus;
Segunda: Descanso de dia e Recife Antigo à noite. Bom Jesus, Marco Zero e Pátio do Terço (noite dos tambores silenciosos);
Terça: Olinda.
Foi o carro abre-alas do Galo entrar na Rua da Palma que me arrepiei toda. Ali percebi que o carnaval estava só começando. Dancei muito frevo, coco e caboclinho tanto ao som dos trios do Galo quanto da banda do camarote, que só tocava coisa da terra. Ver aquele povo cantando e dançando, seguindo os trios, o maior bloco da terra... Nossa... Só vendo pra saber!
Em Bezerros, senti que estava na Olinda de antigamente. Brincadeiras, famílias, sem violência...
No Recife Antigo, à noite, muita gente bonita, blocos tradicionais, famílias, crianças, religiosidade na noite dos tambores silenciosos.
Em Olinda o auge: rodei as principais ruas da Cidade Alta como se fosse a palma da minha mão seguindo o D´Breck, o Patusco e outros blocos que desfilavam.
Saldo: alegria e satisfação tremenda, conta bancária no cheque especial, um tênis a menos, necessidade de sessões de osteopatia para reorganizar a musculatura corporal, amor de carnaval 0 x 0.
Musicas do carnaval
O Bicho Vai Pegar (Almir Rouche)
Rebolation (Parangolé)
Vou festejar (Bete Carvalho)
Na base do beijo (Ivete)
Outras conclusões
1) Atrás de todo homem bonito há sempre uma loira;
2) Amor de carnaval só se consegue com pouca roupa e com cachaça na cabeça.
E que venha o carnaval 2011!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário