sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cranberries, eu fui

Tudo que é bom nessa vida - a comida preferida, orgasmo, paixão...- dura pouco. Foi com essa sensação que eu sai do Chevrolett Hall agora há pouco, ao fim do show da banda irlandesa The Cranberries. Até os incovenientes - fumaça de cigarro, catinga de maconha, a impressão de que o som do Chevrollet é uma bosta e a ausência de alguém com quem pudesse dividir as sensações e emoções que senti - não incomodaram tanto a ponto de atrapalhar a curtição da performance de Dolores O´Riordan, Mike Hogan (baixista), Noel Hogan (guitarrista) e Fergal Patrick Lawler (baterista).

A voz ímpar da Dolores me emocionou em vários momentos: Linger, Ode to my family, When you´re gone, Animal instinct e Promisses. Fechava os olhos e achava que estava ouvindo música em casa. Voz limpa, afinação, pelo menos para mim, perfeita. Dancei e pulei muito ao som de Salvation e Zombie, que lembram uma fase muito linda da minha vida... Claro que o público foi ao delírio (como eu) em todas essas. E foram tantas outras legais e desconhecidas que putz, valeu o inve$timento, os calos no pé e até mesmo um pouco do vazio de ter desafiado os meus bloqueios e ido sozinha. Encontrei poucos conhecidos, antes e depois do show. Mas curti a aventura toda sozinha.
A Dolores tem um jeito esquisito de dançar, meio robotizado, meio moleque. Figuraça no palco. Usou um vestido vermelho lindo, com uma bota de cano alto; saiu e complementou o visual com um tipo de cocar e, após o "break" para o "bis", voltou com um longo preto totalmente desadequado pro clima do show. Mais pro fim do show soltou um obrigado em português. Achei estranha a falta de interação entre os integrantes da banda. Mas fazer o quê? Depois que eu descobri que o Mick Jagger e o Keith Richards são brigados há anos, eu não estranho mais nada. Também achei o palco e a iluminação simples demais...

Omais importante, além do prazer de ter me proporcionado a ida ao show, foi não ter quebrado a promessa que fiz a mim mesma de que não deixaria um "detalhe" como esse empatar momentos de felicidade como os que tive ao escutar a Dolores. Agradecimento especial ao meu irmão André, que me deu carona pra ir. Valeu véi!

PS 1: Sobre o Chevrollet Hall, pelo menos dessa vez colocaram um DJ para "abrir" o show. Entre os escolhidos para fazer parte do set list, Sublime (Santeria), Nirvana (Come as you are), Depeche Mode, Eric Clapton (Cocaine), Cake (I will survive)... Mas o ar condicionado da casa continua uma bomba.

PS2: Pergar táxi depois do show continua complicado. Muito taxista escolhendo passageiro. Eu dei sorte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário