quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

500 dias com ela



Não sei quanto tempo, mas há muito não saia com minha amiga Cynthia Wessen. Irmã querida, uma das pessoas escolhidas para fazer parte da minha família espiritual. Dividimos muitas histórias ao longo da nossa curta vida e, ontem, em conversas que tivemos, descobri que ainda temos muitas coisas em comum, mas que as nossas diferenças são fundamentais para aprendermos e ensinarmos, uma a outra, uma com a outra e com a vida que vivemos.

Assistimos ao filme "500 dias com ela", considerado pelos especialistas (heim?!) que fazem a programação local do cinema como "cinema de arte". Apenas uma (!) sala na cidade está exibindo a película que, sinceramente, poderia se tornar um sucesso de bilheteria se tivesse um pouco mais de divulgação junto ao grande público porque, hoje em dia, é isso, no fim das contas, que faz diferença: um puta trailer e publicidade. Ah: o filme, até então, seria exibido de segunda a quinta-feira desta semana (28 a 31/12), às 18h50, no Multiplex Recife. Eu corri para assistir, lógico!

A história, apesar de simples, leva a reflexões "complexas" (talvez óbvias) sobre o que é o amor e o amar, mas sob a perspectiva de um homem raro, romântico e que acredita que existe "a pessoa certa", ilusão que muitos de nós continuamos a cultivar no nosso íntimo, apesar da casca grossa, do discurso e de muitas atitudes demonstrarem o contrário. Summer (Zooey Deschanel) e Tom (Joseph Gordon-Levitt) se conhecem no trabalho, se curtem, mas ela não quer nada sério. Quer viver os bons momentos sem rotular o relacionamento (alguém já passou por algo do gênero?).

Ele, apaixonado, achando que ela é a mulher de sua vida, fantasia uma vida em comum juntos, namoro, noivado, casamento, quer que formem o que acha ser um verdadeiro casal e cobra isso dela (qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência?).

Com o passar do tempo (nem muito, nem pouco), ela se afasta e eles "terminam". Ao longo do filme são explorados muitos conceitos que, como ele mesmo diz no filme, são influenciados por músicas de amor, poesias, filmes românticos, cartões..., que ajudam a criar uma falsa visão do que realmente é importante num relacionamento. Não vou detalhar mais a história, claro, para não estragar. Mas aviso logo: o filme é divertido, reflexivo e surpreendente para algo desprentencioso. Recomendo! E vou assistir novamente, claro.

Ah! A trilha sonora é fantástica e desconhecida para mim. De familiaridade apenas The Smiths e Carla Bruni, a primeira dama francesa. Saiba mais aqui.

Serviço:
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