Abri os olhos hoje era pouco mais de seis da manhã. Putz! Tô
de férias e é meu aniversário, como pode? Mas tudo bem... Tudo tem um
porquê. Na semana anterior a essa data,
anualmente eu me debato sobre fazer ou não fazer algo, fico muito desanimada, melancólica.
Quem tá perto sabe... Surgem aquelas reflexões loucas sobre o ser e o existir,
conquistas, derrotas, aprendizados, lembranças boas e nem tanto assim, das
pessoas que eu preciso estar mais presente, das que eu preciso me afastar, do
que eu preciso fazer.
Chegar aos 3.6 com certa lucidez no mundo de hoje não é
fácil. Tudo é volátil, volúvel, passageiro, há coisas acontecendo que você
custa a acreditar. Que mundo é esse que os caras enfiam cracatuas vivas em
garrafas de plástico para ganhar dinheiro, que tocam fogo em filhotes de
cachorros, em que gente rouba, leva vantagem do outro desde falsificar
carteiras de estudante, até vender sua alma e integridade por alguns milhões?
Que merda é essa que está acontecendo com as pessoas que se deslumbram com
“poder”, com um conceito muito louco de sucesso?
E eu sou tão ao contrário disso tudo. Tenho essa cara
carrancuda, a carapaça meio dura, braba, como dizem, por vezes ignorante, mas sou
daquelas que se apegam, que acreditam nas pessoas, no que elas falam e em como
agem. Ainda sou ingênua, dou sangue pelo aquilo que acredito, crio expectativas
que, na maioria das vezes, são frustradas. E como eu já me frustrei e me
decepcionei nos últimos anos com pessoas que me era muito caras! E o massa é se
surpreender positivamente com acontecimentos e vidas que encontram a sua para
mudar sua perspectiva de tudo.
Assim, com todas as forças, apego-me aos meus valores, ao
que e quem me faz bem. Tenho tentado ligar um filtro na vida pra ser feliz e
não estar certa, pelo menos não sempre (hehehe). Esse é meu maior objetivo
nessa vida. Fazer o que eu gosto e estar com quem eu amo. Ser mais tolerante,
mais flexível... Mas é tão difícil...
Política, crise na economia, broncas na cidade, no estado,
no País... Se eu não me cuidar como pessoa, ser humano, cidadã, não poderei
contribuir com nada disso, não saberei lidar com nada e aproveitar momentos
ruins como oportunidades.
E aí volto ao motivo que me fez acordar tão cedo: era pra
começar a receber mensagens de gente que não vejo ou falo há tempos. Gente querida
ou quem nem tive tanta proximidade assim, que tá longe mesmo, do outro lado do
mundo, realizando seus sonhos. Acho isso tão lindo, tão massa. É um pedaço de
mim que falta acordar.
O Facebook ajuda, claro, todo mundo hoje em dia a lembrar do
seu aniversário. E todas as palavras pra mim têm um peso tão grande (não foi à
toa que escolhi me tornar jornalista) que me animaram, fizeram chorar, deixaram
meu dia mais feliz. Por isso, faço questão de responder cada mensagem na
timeline ou no chat. E ao responder, lembro de algum acontecimento que me liga
a pessoa que a enviou. E geralmente sempre são coisas singelas e boas. E isso é
o que importa na vida. Os detalhes. E eu sou uma pessoa detalhista e que
escreve e fala demais. hahaha
Hoje, mais uma vez, só tenho a agradecer. É um hábito que
incorporei e que faz um bem medonho.
Obrigada primeiro a Deus por ter permitido que eu encarnasse
nesse mundo e pelas condições que vem me dando para evoluir como ser humano. A
quem me ama com as minhas milhares de imperfeições, a quem me ajuda a enxergá-las
e a melhorar como pessoa e como profissional. A quem já me amou e hoje é uma
boa lembrança, parte do “meu show”. A quem eu sigo como exemplo de caráter, de profissionalismo.
A quem me mostrou o que eu não quero ser ou me tornar. A
minha terapeuta que, há pouco mais de um ano, vem me ajudando a encontrar os
caminhos que me levarão a ser uma pessoa mais massa e digna de conviver com
outras pessoas tão maravilhosas com quem eu tenho a satisfação de ter convivido
ou de conviver.
Obrigada a quem parou um momento da sua vida pra me desejar
algo de bom, para emanar energias positivas. Por outro lado, minhas sinceras
desculpas a quem eu possa, ao longo desses 36 anos, ter magoado, desferido
palavras que machucam. Não estou, claro, ciente de todas elas e nem imune a ter
feito isso. Eu sei que fiz. Pode ser tarde para pedir perdão, mas sempre há
tempo para reconhecer um erro, principalmente se as palavras ou os gestos
proferidos foram injustos.
Abraço de urso pra todo mundo!
(redigido na manhã do dia 8/5/15 - A ideia era publicar no Facebook como agradecimento, mas acabei desistindo)
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