"O papel do guia - o intermediário especialista (referindo-se aos mecanismos de busca como o Google) - na nova economia é primordial, uma vez que não só vivemos uma "crise de atenção" como também uma "crise de tempo" e uma "crise de confiança". A possibilidade de reduzir o leque de opções a um universo palatável e limitado de escolha é fundamental para que sobrevivamos à enxurrada de dados e à escassez cada vez maior de tempo para realizar as tarefas que se apresentam no dia a dia". (Os 8Ps do Marketing Digital, Conrado Adolpho)
Minhas leituras sobre marketing digital por vezes me levam a reflexões que não tem, diretamente, a ver com o assunto, mas que estão intimamente ligadas às mudanças provocadas pela enxurrada de informações e de opções a que temos acesso na sociedade da informação. A tecnologia nos coloca em contato com lugares, coisas, assuntos e, até mesmo, pessoas que sequer imaginaríamos ter antes. O lado positivo disso? Temos um mundo inteiro a ser desbravado e conquistado, uma série de sensações a serem experimentadas, uma quantidade enorme de conhecimento a ser adquirido e um incontável número de novos interesses despertados a cada dia.
O lado negativo? Sim, ele existe é é tão foda quanto o positivo. Essa quantidade enorme de possibilidades também nos leva a uma crise de atenção, de escolhas, de tempo para desfrutar de tudo isso e de confiança, principalmente nas pessoas. Com esse leque de tudo um pouco, o risco de mudar de atitude, de opção, de querer é fácil, rápido e simples.
Para mim, além de tudo isso, uma coisa fundamental vem se perdendo: a verdade, a preocupação com o outro, com o que o outro sente e, principalmente, com as consequências das ações e das palavras proferidas.
Estamos caminhando para ou vivenciando o culto ao egoísmo e vivendo uma crise de respeito, de cuidado. Isso também merece bastante a nossa atenção.
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